Como de costume, ela ia para o trabalho no seu carro. Mas, nesse dia, o motor do carro morreu em um semáforo e, por mais esforço que fizesse, ela não conseguia fazer o carro pegar. O sinal foi do vermelho para o verde e, novamente, para o vermelho, e nada: ela continuava lá, impedindo que o trânsito fluísse. Atrás do carro dela havia um motorista impaciente, que começou a tocar a buzina de seu carro continuadamente. Finalmente, ela saiu do carro, andou até o carro do motorista que buzinava e, calmamente, lhe disse:
— Se você conseguir fazer o meu carro pegar, eu ficarei muito satisfeita em ficar no seu lugar, buzinando.
Criticar é fácil. Quero ver fazer!
Na vida, em geral, para que algo aconteça, não basta buzinar. Infelizmente, existem muitos buzinadores, mas poucos estão dispostos a sair do carro para fazer o carro da frente pegar.
É muito fácil criticar. Não precisa ser nenhum gênio para apontar os erros dos outros. E é natural que os outros tenham erros; afinal, só não erra quem não faz.
As empresas estão repletas de funcionários que buzinam contra tudo o que se tenta imple-mentar para tornar o trabalho mais fácil para todos. Estes que buzinam, melhor fariam se não atrapalhassem, ainda que não pudessem, ou não quisessem, ajudar.
É melhor acender uma vela do que maldizer a escuridão.
Delegação: Um recurso para a produtividade
Ninguém atinge níveis ideais de produtividade arcando sozinho com tarefas que podem ser delegadas. Mas para delegar é preciso abrir mão do perfeccionismo, pois, quando delega, você entrega a tarefa para alguém que, talvez, não a execute tão bem quanto você.
Isso, porém, não serve de pretexto para que a tarefa seja mal realizada. Para delegar, você precisa dispor de pessoal de confiança, cuja capacidade e competência conheça bem. Só assim será capaz de transferir não apenas a execução de alguma coisa, mas, também, a autoridade para tomar decisões durante o processo, assim como a responsabilidade pelos resultados.
Delegar é estabelecer uma relação de parceria que, na verdade, é uma relação de confiança.
Delegar é importante por dois motivos:
• Libera você para fazer coisas mais importantes;
• Dá ao outro a oportunidade de aprender.
Delegação versus maturidade profissional
Se você é responsável por uma tarefa, mesmo delegando-a, você continua responsável por ela.
Se a tarefa for malfeita, você responde por isso, muito embora possa pedir explicações à pessoa para quem a delegou (o que não resolve o problema, do seu ponto de vista, mas ajuda o outro a crescer profissionalmente). E se a tarefa for bem-feita, como profissional maduro e ciente do seu próprio valor, você, naturalmente, transferirá os méritos para quem a realizou.
Motivos como estes levam muitos profissionais a se sobrecarregarem e a se tornarem muito menos produtivos do que poderiam ser. No fundo, o medo da responsabilidade implícita na delegação de tarefas revela falta de maturidade profissional.
Fazer acontecer
dez 03, 2019Bruno FonsecaLair RibeiroComentários desativados em Fazer acontecerLike
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