O porto de Beirute, no Líbano, foi alvo de fortes explosões nesta terça-feira, 4. Segundo o ministro da Saúde do país, Hamad Hasan, 73 pessoas morreram e outras 3.700 ficaram feridas (dados informados até o fechamento desta edição).
A principal hipótese para as explosões é que teria ocorrido um acidente em depósitos de material inflamável. O grupo xiita Hezbollah e o governo de Israel negaram relação com o episódio.
Em pronunciamento, o primeiro-ministro libanês, Hassan Diab, disse que o incidente não ficará sem solução. “Os responsáveis pagarão o preço”, disse. “Fatos sobre esse armazém perigoso, que está lá desde 2014, serão anunciados, mas não vou me adiantar em relação às investigações.”
Mais de 30 equipes da Cruz Vermelha foram ao local para resgatar os feridos. A situação nos hospitais da cidade é caótica.
Segundo a CNN, a explosão gerou abalos sísmicos semelhantes às causadas por um terremoto de magnitude 3.3.
Uma nuvem vermelha pairou sobre a cidade após a explosão, enquanto equipes de bombeiros corriam para o local para tentar apagar o fogo.
O governador de Beirute, Marwan Abboud, disse que a situação o lembra de Hiroshima e Nagasaki, cidades japonesas onde foram lançadas as bombas atômicas. “Essa é uma catástrofe nacional”, disse.
Um avião que é comumente utilizado para combater fogos florestais foi colocado à disposição dos destacamentos de bombeiros para combater os focos de incêndio, que continuam no setor portuário. Ao menos vinte guarnições foram deslocadas para a região.
O presidente libanês Michel Aoun decretou luto nacional. Também foram ordenadas patrulhas militares na região impactada e nos subúrbios para “garantir a segurança”, de acordo com a agência de notícias estatal National News Agency.