• Marcus De Mario
Estudiosos da educação sabem que a família é a base da sociedade, e que nela deve ser desenvolvida a educação moral dos ¬ filhos, que oportunamente serão aqueles que vão assumir importante protagonismo nas instituições sociais e na humanidade. Para nós espíritas, isso não é novidade, pois desde o lançamento de O Livro dos Espíritos, em 1857, esse assunto – da máxima importância – é muito bem tratado pelos Espíritos Superiores e também por Allan Kardec, o que levou o movimento espírita brasileiro a criar e incentivar projetos e ações de evangelização da criança e do jovem, desenvolvidos pelos Centros Espíritas, de expressivos resultados ao longo do tempo na formação das consciências, levando as novas gerações à compreensão e vivência do bem e do amor.
Com a dinâmica social trazendo novos desa¬fios, que adentram as portas do Centro Espírita, estamos agora ampliando o trabalho até o momento realizado no campo da evangelização espírita, no entendimento que não basta educar crianças e jovens, ou seja, não basta a preocupação apenas com a formação das novas gerações, é preciso abraçar a família como um todo, inserindo no processo evangelizador igualmente os pais, os responsáveis, os avós, os tios, ou seja, os adultos que formam a família, seja em que contexto for a estrutura dessa família, pois o lar é a primeira escola, como nos alertam os amigos espirituais, e um lar sem harmonia, desequilibrado, afastado do Evangelho, terá influência muito grande sobre os ¬filhos, até mais forte que a evangelização espírita.
O convite que fazemos neste momento é o de ampliação da evangelização espírita infantojuvenil para evangelização espírita da família, com o atendimento inclusive aos pais e responsáveis, em rodas de conversa, grupos de pais, encontros da família, cursos de orientação, pois é preciso ter visão total, integral, não apenas do ser divino que somos, mas também do meio social em que vivemos. E esse atendimento aos pais e responsáveis, preferencialmente, acontecer no mesmo dia e horário em que as crianças e jovens são atendidas.
Com essa nova visão vamos esclarecer aos adultos que não basta levar a criança para a evangelização. Isso é importante, mas não é su¬ficiente. Pais e responsáveis devem se conscientizar que é essencial aprender como educar os ¬ filhos, como desenvolver bons relacionamentos com os familiares, a importância do evangelho no lar, o signi¬ficado profundo dos bons exemplos e assim por diante, numa gama de temas da maior importância para que a família seja, de fato, uma instituição social educadora por excelência.
Evangelização Espírita da Família é a bandeira que agora, paulatinamente, o movimento espírita levanta, numa visão integral, visão do todo. Para esse novo tempo, os evangelizadores da infância e da juventude precisam ampliar seus horizontes, entendendo que o atendimento aos pais e responsáveis não é de responsabilidade exclusiva de outros colaboradores do Centro Espírita, pois compete também a eles, num trabalho integrado, de equipe, atendendo as necessidades que vão se apresentando conforme o trabalho é desenvolvido, conforme a interação vai acontecendo.
Evangelizar é ligar com o Evangelho, é sintonizar as almas com Jesus, é estudar, compreender e vivenciar as lições do Mestre de todos os mestres, é sensibilizar os sentimentos, pois ainda estamos às voltas com o egoísmo, o orgulho e a indiferença, geradores de todos os males que mancham a humanidade.
É fundamental evangelizar a família. Trabalho inadiável e essencial para que o amanhã seja um tempo de paz, fraternidade, solidariedade e prosperidade, lembrando que a reencarnação, lei divina para nosso progresso, fará com que aqui retornemos, e nada melhor do que poder renascer no seio de uma família evangelizada, numa família em cujo coração de seus membros vibra Jesus!
Evangelização Espírita da Família
fev 28, 2019Bruno FonsecaColuna Espírita (Agê)Comentários desativados em Evangelização Espírita da FamíliaLike