• Orson Peter Carrara
No livreto O Espiritismo em sua expressão mais simples, da FEESP, de Allan Kardec, que é dividido em 3 partes (Histórico do Espiritismo, Resumo do Ensinamento dos Espíritos e Máximas extraídas do ensinamento dos Espíritos, além das Notas), encontramos essas preciosidades que parecem esquecidas de todos nós na atualidade do movimento espírita: (transcrevo pequenos trechos parciais)
a) Item 35 no item “Máximas”: O objetivo essencial do Espiritismo é o melhoramento dos homens. Não é preciso procurar nele senão o que pode ajuda-lo para o progresso moral e intelectual;
b) Item 36 no mesmo item: O verdadeiro espírita não é o que crê nas manifestações, mas aquele que faz bom proveito do ensinamento dado pelos Espíritos. Nada adianta acreditar se a crença não faz com que se dê um passo adiante no caminho do progresso e que não o faça melhor para com o próximo.
c) Item 38, continuando: A crença no Espiritismo só é proveitosa para aquele de quem se pode dizer: hoje está melhor do que ontem.
d) E para concluir as transcrições, no item 60: Com o egoísmo, os homens estão em luta perpétua; com a caridade, estarão em paz (…).
Estamos esquecidos dessas orientações? Por que estamos nos perdendo tanto em polêmicas e discussões absolutamente dispensáveis, que só desviam o foco do principal objetivo da Doutrina: nosso melhoramento moral. Quanta discussão vazia, quanta perda de tempo, entre acusações e disputas absolutamente dispensáveis??!!
Temos um tesouro nas mãos, com o dever de espalhá-lo em benefício da humanidade! Enorme responsabilidade essa! E ficamos em disputas internas, em acusações e polêmicas desnecessárias, absolutamente dispensáveis, desviando focos e desvirtuando objetivos.
Melhor não será prestarmos atenção nessas máximas e concentrarmos esforços para a proposta do Espiritismo. Agora que o filme Kardec desperta interesse, exatamente pela movimentação na mídia, deverá naturalmente haver uma demanda maior nas instituições. Estamos preparados para atender essa nova demanda? Analisemos com imparcialidade para responder: estamos preparados, estruturados? OU anda estamos em discussões vazias, concorrendo opiniões e pontos de vistas?
O que verdadeiramente buscamos no Espiritismo? Com que objetivo? Quais nossos propósitos? Não é melhor despertarmos desses pesadelos e agirmos na direção do bem? Que autoridade tenho para questionar isso? Nenhuma, também sou um aprendiz, necessitado igualmente desse olhar interno, mas entristecido do esquecimento de nosso dever maior de estudar e viver a Doutrina Espírita, embalados que estamos pelas ilusões da vaidade, da disputa de opiniões e de posturas personalistas que ainda imperam em nós…. Voltemos a estudar Kardec para viver o Espiritismo. A pergunta é para mim, para você, para todos nós: estamos esquecidos?