No dia 20 de novembro, é celebrado no Brasil o “Dia Nacional da Consciência Negra”. Essa data foi instituída oficialmente pela Lei nº 12.519, no dia 10 de novembro de 2011, e remete ao dia em que foi morto o líder Quilombo dos Palmares, “Zumbi”, no ano de 1695.
Porém em homenagem a este grupo étnico, o qual faz parte do nosso país.
Hoje em homenagem a eles, vou divulgar sobre um atleta, negro, máster, muito divulgado em minhas matérias. O ilustre José Luis da Costa, mais conhecido por Amaral.
Ele é nascido em Aparecida do Norte, seu pai faleceu quando José tinha 9 anos. O que fez lutar pela vida cedo.
Veio morar em Taubaté, na procura de melhores condições de vida. Ingressou no ensino fundamental, no Colégio Dr. Quirino, escola da rede pública.
Sua vontade sempre foi de correr os 100 metros, nos “Jogos da Primavera”. Então pediu um teste ao saudoso e inesquecível Prof. William Saad.
José foi muito insistente, até que o professor cedeu. Fez o teste e surpreendeu no resultado.
Nos 100 metros rasos fez um tempo extraordinário e conquistou a medalha de ouro.
Após este acontecimento foi convidado a fazer parte da equipe do SESI, de Taubaté. Onde passou a ser federado.
Quando estava servindo o serviço militar, conquistou muitos resultados extraordinários, sendo “Campeão do Exercito”.
Porém por causa de um problema particular, entrou em depressão e abandonou o esporte com 25 anos. Com 35 anos de idade retornou, no Máster e nunca mais parou.
Foi Bicampeão no Sulamericano diversas vezes, Campeão Brasileiro, Mercosul e conquistou a medalha de prata no Mundial e por ai vai.
Começou a treinar mais forte focado em melhorar, ultrapassou seus limites. Mas sua preocupação maior, sempre foi em divulgar o “Atletismo Máster”. Atualmente as coisas estão mudando, ou seja, o atletismo passou a ser uma ferramenta com longevidade e excelente qualidade de vida.
No bairro Jardim das Nações, a mãe de José era uma cozinheira de alto nível. Foi ai que recebeu a grande ajuda de uma moradora de lá, chamada Isa Márcia Mattos.
Ela o acolheu em um momento mais difícil de sua vida. José era de uma família composta por muitos irmãos, precisava ajudar sua mãe financeiramente.
Dona Isa deu oportunidade para ele trabalhar na casa dela. Onde formou um grande laço de amizade, sem interesses, sendo que perdura até hoje. Ele agradece a Deus, por ter colocado esta ilustre senhora no seu caminho. Fez amizade com os filhos dela, Renata e Rogério.
José foi vitima do terrível racismo, foi um acontecimento que não esqueceu mas soube se sobressair bem. Estava com reservas. Entrou no hotel foi fazer um cheque, a atendente ao medi-lo de cima em baixo. Ela lhe falou de forma arrogante: “Entregas é do outro lado do saguão”.
Falou estas palavras no meio de muita gente chique, o constrangimento foi grande ao olhar em sua volta. Então ele respondeu: “Não vou fazer nenhuma entrega, tenho reserva ai”.
Ele falou seu nome, a funcionária ficou sem jeito e pediu mil desculpas. José foi mais além e pediu para não pegar pesado, para não acontecer mais aquilo. Por causa da cor da pele, não quer dizer nada. Pois tem médicos, juízes e advogados negros. Se aprender a não gostar de negros também pode aprender a amá-los.