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segunda-feira 23 dezembro 2024
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Especialistas desvendam 10 mitos sobre o câncer

Notícias falsas confundem e atrapalham o diagnóstico e o tratamento da doença
De acordo com o GLOBOCAN 2018 – estudo liderado pela International Agency for Research on Cancer – um a cada cinco homens e uma a cada seis mulheres irão desenvolver câncer ao longo da vida. Só no Brasil, segundo levantamento do Instituto Nacional do Câncer (INCA), 600 mil brasileiros deverão receber o diagnóstico da doença ainda neste ano.

Diante destes números, é natural que as pessoas tenham muitas preocupações em relação à doença, porém este receio faz com que o câncer seja um tema sempre atrelado a mitos. Atualmente, ferramentas de busca online e compartilhamento de mensagens por aplicativos são verdadeiros proliferadores das chamados fake news da saúde e, a única forma de combater notícias sem embasamento científico, é munindo as pessoas com informação.
A conscientização sobre o câncer é a melhor ferramenta para o combate e diagnóstico precoce de tumores malignos. Para ajudar nesta missão, especialistas do Centro Paulista de Oncologia (CPO) – unidade de São Paulo do Grupo Oncoclinicas, esclarecem uma série de mitos sobre a doença.

Confira:

Mamografia realizada anualmente aumenta o risco de mulheres desenvolverem tumores malignos
Este é um boato recorrente, e, com as redes sociais ganhou ainda mais força nos últimos anos. Recentemente, uma nova onda de fake News invadiu grupos de WhatsApp por conta de um vídeo que passou a circular e que supostamente trazia dados comprovando que a realização anual do exame aumentaria o risco de mulheres desenvolverem tumores malignos.
Todos os anos cerca de 60 mil brasileiras recebem o diagnóstico de câncer de mama. Este é o segundo tipo de tumor que mais atinge as mulheres, ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma. “Apesar do diagnóstico gerar preocupação, é preciso ressaltar que a doença tem tratamento e que as chances de recuperação total das pacientes quando o diagnóstico é feito de forma precoce supera a marca de 95% dos casos”, explica o médico Daniel Gimenes.
A principal ferramenta para que isso seja possível é a mamografia, um exame que deve ser realizado anualmente a partir dos 40 anos e consegue detectar um nódulo antes mesmo que ele se torne palpável. O ultrassom também deve ser realizado em conjunto para complementar possíveis alterações encontradas na mamografia.

Tumor reincidente não tem cura

Tudo depende essencialmente do tipo e do estágio desse tumor. Quanto mais cedo for feito o diagnóstico, mais chances de o tratamento ter sucesso. “Quando descoberto tardiamente, podem surgir diversas complicações mesmo após a doença ter sido tratada. Por isso, é fundamental analisar cada caso individualmente”, explica o médico Marcelo Aisen.

Ingerir adoçantes causa câncer

Há muitos anos o adoçante gera desconfiança em relação à segurança na saúde de quem opta por utilizá-los e por isso há ainda quem prefira a ingerir o açúcar. “Estudos antigos realizados em ratos utilizando altas quantidades de adoçantes com ciclamato mostraram que de fato causavam câncer. Porém, análises atuais feitas com outros tipos de adoçantes não foram capazes de confirmar essa associação”, esclarece Aisen.

O câncer antes dos 30 anos é 100% hereditário

O câncer hereditário se manifesta predominantemente em pacientes com menos de 50 anos, entretanto só 10% dos cânceres são hereditários enquanto os outros 90% tem relação com o estilo de vida. “Conhecer o histórico familiar é essencial, mas é preciso também ter cuidado com hábitos do cotidiano. Alimentação saudável, prática de exercícios físicos, a ingestão controlada de bebidas alcoólicas são algumas atitudes que podem prevenir o desenvolvimento do câncer antes dos 30 anos”, comenta Daniel Gimenes.

Toda mulher que contrai HPV terá câncer

O vírus do HPV é a principal causa do desenvolvimento do câncer uterino. Porém, existem 40 tipos de vírus e nem todos levam à doença. “Para que esse tipo de câncer surja, há outros fatores associados, como baixa imunidade, tabagismo, múltiplos parceiros sexuais”, explica Gimenes.

Refrigerante pode causar tumores

Não é novidade que o consumo de bebidas açucaradas como o refrigerante faz mal à saúde. Médicos e nutricionistas sugerem, inclusive, que o consumo desse tipo de produto seja abandonado para que a pessoa tenha uma qualidade de vida melhor e a chance de ter diversos tipos de doenças seja menor. Porém, muito tem se falado que além da obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares, o refrigerante também causa câncer.
“O refrigerante não tem ligação direta com a doença. Mas, é preciso ressaltar que o consumo desse tipo de bebida pode levar a outros tipos de problemas de saúde que aí sim podem levar ao surgimento do câncer como é o caso da obesidade, que está ligada a pelo menos 13 tipos de câncer”, salienta Aisen.

Hipotireoidismo ou hipertireoidismo são sintomas do câncer de tireoid

A tireoide é uma glândula que produz hormônios responsáveis por diversas atividades no corpo humano e fica localizada na parte anterior do pescoço, abaixo da região conhecida como “pomo de Adão”. A secreção aumentada deles provoca o hipertireoidismo enquanto a secreção diminuída o hipotireoidismo. “O aparecimento de nódulos não significa que é de fato um câncer. Em 90% dos casos, os nódulos identificados são benignos, ou seja, não é câncer. O recomendável é que em caso de anormalidade a pessoa busque ajuda médica para investigação”, fala Aisen.

Ingestão de leite pode causar câncer ou prejudicar o tratamento de um paciente oncológico

A ingestão do leite é constantemente alvo de debates entre especialistas e também por consumidores. Conhecido como uma ótima alternativa para a prevenção da osteoporose, o leite também é associado ao surgimento do câncer. “Não existem estudos que comprovem a relação direta na causa de tumores. Porém, a alta ingestão é associada a algumas doenças que podem aumentar o risco do surgimento do câncer, como é o caso da obesidade, por exemplo,” explica Gimenes.

Implantes de silicone podem causar câncer de mama

O câncer de mama é uma doença que acomete a glândula mamária, sobretudo os dutos e lóbulos. Porém, as próteses de silicone são vistas para alguns como um fator para o surgimento da doença. Apesar de ser uma questão levantada há anos, estudos comprovaram não haver relação entre o uso de próteses com o câncer de mama. “A recomendação é que tanto as mulheres com implantes quanto as que não possuem mantenham a avaliação periódica e realizem os exames para monitoração”, enfatiza Gimenes.

Depilação a laser ou com luz pulsada podem ser fatores para surgimento do câncer de pele

Estes tipos de procedimentos acabam gerando grande dúvida porque as pessoas confundem os métodos utilizados com os raios ultravioletas e Raio-X. Os raios que representam de fato um riscos à saúde, como os emitidos pelo sol, são capazes de atingir camadas mais profundas no corpo e não têm um critério de destruição prejudicando o tecido. “A luz emitida nesse tipo de procedimento não penetra nas camadas mais profundas. Em casos de pessoas que desejam fazer depilação com laser em áreas com pintas, o dermatologista deve ser consultado antes da aplicação”, finaliza Aise

Sobre o CPO

Fundado há mais de três décadas pelos oncologistas clínicos Sergio Simon e Rene Gansl, o Centro Paulista de Oncologia CPO – Grupo Oncoclínicas, oferece cuidado integral e individualizado ao paciente oncológico. Com um corpo clínico com mais de 50 oncologistas e hematologistas e uma capacitada equipe multiprofissional com psicólogos, nutricionistas, farmacêuticos, enfermeiros e reflexologistas. Oferece consultas médicas oncológicas e hematológicas, aplicação ambulatorial de quimioterápicos, imunobiológicos e medicamentos de suporte, assistência multidisciplinar ambulatorial, além de um serviço de apoio telefônico aos pacientes 24 horas por dia e acompanhamento médico durante internações hospitalares.

O CPO possui a acreditação em nível III pela Organização Nacional de Acreditação (ONA) e a Acreditação Canadense Diamante (Accreditation Canada), do Canadian Council on Health Services Accreditation, o que confere ao serviço os certificados de “excelência em gestão e assistência” e qualifica a instituição no exercício das melhores práticas da medicina de acordo com os padrões internacionais de avaliação. A instituição possui uma parceria internacional com o Dana Farber Institute / Harvard Cancer Center, que garante a possibilidade de intercâmbio de informações entre os especialistas brasileiros e americanos, bem como discussão de casos clínicos. Além disso, ainda, proporciona a educação médica continuada do corpo clínico do CPO, com aulas, intercâmbios e eventos com novidades em estudos e avanços no tratamento da doença. Atualmente o CPO possui duas unidades de atendimento em São Paulo, nos bairros de Higienópolis e Vila Olímpia.

Sobre o Grupo Oncoclínicas

Fundado em 2010, é o maior grupo especializado no tratamento do câncer na América Latina. Possui atuação em oncologia, radioterapia e hematologia em 11 estados brasileiros. Atualmente, conta com mais de 60 unidades entre clínicas e parcerias hospitalares, que oferecem tratamento individualizado, baseado em atualização científica, e com foco na segurança e o conforto do paciente.

Seu corpo clínico é composto por mais de 450 médicos, além das equipes multidisciplinares de apoio, que são responsáveis pelo cuidado integral dos pacientes

O Grupo Oncoclínicas conta ainda com parceira exclusiva no Brasil com o Dana-Farber Cancer Institute, um dos mais renomados centros de pesquisa e tratamento do câncer no mundo, afiliado a Harvard Medical School, em Boston, EUA

Para obter mais informações, visite www.grupooncoclinicas.com.