• Waldenir Cuin – Votuporanga/SP
“Não parece natural que os Espíritos escolham as provas menos penosas? – Para vós, sim; para o Espírito, não. Quando ele está liberto da matéria, cessa a ilusão, e a sua maneira de pensar é diferente.” (Questão 266 de O Livro dos Espíritos – Allan Kardec.)
A reencarnação, sendo uma necessidade do processo evolutivo e do amadurecimento do Espírito, é uma lei abrangente, isto é, todos nós estamos submetidos a ela, acreditemos ou não, queiramos ou não.
E oportunidades de renascimento, na Terra, são inúmeras. Já reencarnamos muitas vezes e outras tantas ainda reencarnaremos em busca da nossa perfeição onde lograremos encontrar a paz que queremos e a felicidade que buscamos.
Assim, quando o Espírito tem condições de escolher, de decidir por si mesmo, participa da escolha do gênero das provas a que vai se submeter durante sua estada na Terra. É claro que uma reencarnação recebe a devida atenção dos técnicos espirituais, que deverão providenciar, juntamente com o reencarnante, os mecanismos, recursos e ambientação necessários para o sucesso do cometimento, uma vez que deverá ser elaborado um mapa do novo corpo, situação de nascimento, pais, etc.
Via de regra o homem procura pelas facilidades e pelos caminhos que lhe pareçam mais tranquilos e cômodos, isso, evidentemente, porque está observando apenas os dias presentes, sem conhecimento do seu passado espiritual. Às vezes, não se preocupando com o seu futuro, mas livre do corpo, ou seja, no Mundo Espiritual, o ser desencarnado tem sua visão ampliada, abrangente e pode, de acordo com o estágio de evolução, vislumbrar melhor e com mais profundidade seus reais objetivos de vida; é aí então que decide passar por experiências que possam possibilitar seu desenvolvimento espiritual, mesmo que para tanto conheça situações mais duras e provações mais árduas.
Dentro dessa ótica, age o Espírito como um aluno na intimidade do Educandário, buscando sempre novas lições e aprendizados, não importando se para isso tenha que debruçar mais horas sobre os livros e utilizar domingos e feriados para aprofundar observações.
O estudante consciente e ciente da necessidade e da importância de maiores esforços não deseja facilidade, mas procura dedicar-se mais, enfrentando dificuldade, pois entende que somente os mais bem preparados chegarão aos primeiros lugares, em qualquer lugar do universo. Dessa forma também atua o Espírito responsável, desejando provas mais determinantes, uma vez que já concluiu que os caminhos da facilidade e do comodismo não o levarão a lugar algum.
Jesus, querendo informar à humanidade que as lutas deverão ser a meta e a proposta de todos, ensinou: “entrai pela porta estreita, porque larga é a porta que leva à perdição.”
Assim, sendo a reencarnação uma incontestável lei geral e dentro dela existindo uma pauta de provas e experiências programadas que visam à evolução e ao amadurecimento do Espírito, e estando consciente, deve a criatura empenhar-se com denodo e firmeza visando colher as melhores lições possíveis, mesmo que enfrente inúmeras dificuldades, pois são elas que propiciam a valiosa oportunidade de ampliação dos nossos acanhados limites.
Em qualquer parte do mundo, sem esforço não há evolução. Pensemos nisso.
Escolhendo as provas
nov 29, 2019Bruno FonsecaColuna Espírita (Agê)Comentários desativados em Escolhendo as provasLike
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