• Waldenir Cuin
“Quem instrui, oferece meios para que a mente alargue a compreensão das coisas e entenda a vida. Quem educa, cria os valores ético-culturais para uma vivência nobre e ditosa. Quem evangeliza, liberta para a Vida feliz.” (Amélia Rodrigues, psicografia de Divaldo P. Franco, do livro “Terapêutica de Emergência”.)
Convulsiona o meio social diante da inegável inversão e descaso para com os reais valores da ética, da dignidade e da moral.
Dores acerbas, decepções angustiantes, equívocos lamentáveis e decisões infelizes compõem o cenário nocivo das criaturas em trânsito pela Terra.
Prioriza-se a vida material e seu cortejo de chamamentos imediatistas e prazerosos, mesmo que as consequências sejam dolorosas e traumatizantes; ignora-se a vida espiritual, com seu desfile de oportunidades sadias e convidativas ao que é belo, digno e nobre, verdadeiro roteiro para a paz e a felicidade reais.
A materialidade é efêmera, passageira, já a espiritualidade é duradora, eterna. E, no labirinto das escolhas, com frequência, opta a criatura humana pelo que é fugidio, ilusório, em detrimento do que é absoluto e definitivo. Daí, obviamente, nasce o sofrimento.
Sem dúvida, no descuido com a família, célula agregadora de notáveis oportunidades de progresso individual e coletivo, repousa o celeiro das grandes tragédias sociais. Destacam-se muito mais as aparências, o exterior, que a essência dos seres humanos. Importa muito mais o ter, o possuir, o representar, do que o ser, no contexto real dos valores humanos.
A educação, essa virtude formadora do caráter das pessoas, no âmbito familiar, não tem recebido a atenção e o zelo necessários, visando à edificação de homens de bem que priorizam o sentimento mais que o intelecto.
As criaturas estão recebendo instruções, mas estão sendo pouco educadas. Valoriza-se o conhecimento sem criar condições para o desenvolvimento dos sentimentos. Dessa forma temos criaturas cultas, intelectualizadas, mas nem sempre moralizadas. Aprimora-se a tecnologia sem a indispensável preocupação de construir caráter. Assim, com abundância é possível encontrar homens instruídos, mas despidos de senso humanitário.
Então, dentro desse conceito, amparados pelo egoísmo e pelo orgulho, encontramos o berço das dores humanas, onde salta aos nossos olhos uma sociedade com cultura e conforto, mas com pouca paz, segurança e serenidade.
Portanto, ante os dissabores e insatisfações que florescem em todos os quadrantes sociais, por certo é hora propícia para uma profunda revisão dos valores até agora agasalhados no íntimo das criaturas, pois que eles não conseguiram render os resultados esperados.
Obviamente, ninguém está impedido de viver a vida material, embora passageira, pois que ela é rica de oportunidades que, se bem aproveitadas, contribuem para o nosso amadurecimento íntimo, mas o que realmente pesa e compromete a nossa caminhada é o descaso para com a vida espiritual. A primeira tem curta duração, enquanto a segunda é eterna e definitiva. Corpos físicos morrem, a vida do Espírito segue.
Reflitamos enquanto há tempo, e tenhamos coragem para mudar o rumo das nossas vidas, se realmente pretendemos encontrar a paz que sonhamos e a felicidade que temos em mira.
Escolhas equivocadas
jun 06, 2019Bruno FonsecaColuna Espírita (Agê)Comentários desativados em Escolhas equivocadasLike
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