Os alunos dos cursos de Engenharia da Unitau vão participar da 20ª edição do Society of Automotive Engineers (SAE) Brasil. A competição coloca mais de 90 instituições frente a frente em uma disputa entre aeronaves desenvolvidas pelos próprios estudantes e acontece de hoje, dia 1 até 4 de novembro, no Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), em São José dos Campos.
No primeiro dia do evento, os alunos farão a exposição teórica de relatórios, apresentarão a metodologia e justificarão como o projeto foi realizado. Nos outros três dias de competição, as equipes fazem os vôos práticos e comprovam os estudos que foram desenvolvidos teoricamente. “O grande objetivo da competição é a troca de experiências. A gente convive com outras Universidades, troca idéias, informações, conhecimentos e é muito bonito ver isso lá”, destaca o coordenador da equipe Aerotau, Prof. Me. Pedro Marcelo Alves Ferreira Pinto.
O SAE Brasil é composto de disputas em três categorias: Advanced, Micro e Regular, na qual a Universidade participa. Ganha o time que conseguir realizar o vôo com mais precisão dentro do que foi projetado. A equipe vencedora também será a representante do Brasil no SAE Aero Design East Competition, em março de 2019, nos Estados Unidos.
A aeronave desenvolvida pelos alunos de Engenharia Aeronáutica, Elétrica e Mecânica da Unitau é a terceira em quatro participações na competição. Entre os pré-requisitos necessários para fazer parte do SAE Brasil estão aerodinâmica, estrutura, desempenho, estabilidade, parte elétrica e integração do projeto. Com todos os critérios aprovados, os estudantes realizam vôos com o modelo projetado com cargas que variam de 15kg a 18kg.
A equipe Aerotau foi institucionalizada pela Universidade em 2015, e foi a partir daquele ano que os projetos desenvolvidos pelos alunos começaram a ter desempenhos cada vez melhores.
“Em 2016, conseguimos fazer o primeiro avião efetivo da equipe, que fez um vôo muito bom. Ano passado fizemos um projeto mais otimizado, mas esse ano estamos superando de longe todos os outros modelos já feitos”, ressalta o Prof. Me. Pedro.
O avião desenvolvido pelos alunos da Universidade é feito de madeiras especiais, fibra de carbono e fibra de vidro, que são materiais leves e altamente resistentes. “É interessante deixar a aeronave bem leve para conseguir aumentar o peso carregado. Só que o campeão não leva, necessariamente, a maior quantidade de peso, e sim a quantia que foi projetada para se levantada. Atualmente, o ponto mais crítico do projeto é esse: desenvolver o projeto que cumpra os pré-requisitos com uma eficiência muito boa”, explica o coordenador da equipe Aerotau.
Para este ano, a expectativa é que o time esteja entre os 20 primeiros colocados, que seria o melhor resultado já alcançado pela Universidade. No entanto, para o Prof. Me. Pedro Marcelo, o mais importante é o aprendizado que os alunos terão ao longo dos quatro dias da competição. “Esse projeto tem quase três anos de desenvolvimento e sempre contribui no que diz respeito à aplicação disso em sala de aula. O que realmente importa é que agrega para o Departamento e para o desenvolvimento dos alunos”.