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sexta-feira 15 novembro 2024
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Encosto!?

• Rosangela Pires
O encosto nada mais é que o nosso conhecido obsessor, que por sua vez é simplesmente um afeto de outrora que se tornou um perseguidor implacável por não saber, querer ou conseguir perdoar os males que lhes causamos ancorados em existências pretéritas ou mesmo na presente.
Começa então o “pega, pega”, ofendido atrás do ofensor a fim de causar-lhe todo o tipo de mal, todo o tipo de dor, acreditando que o sofrimento imposto sanará as suas dores e estará assim vingado. Ledo engano.
Normalmente procuramos o centro espírita para que ele nos livre do “encosto”, somos acolhidos e orientados primeiramente pelo atendimento fraterno e iniciamos o tratamento desobsessivo, indicam-nos a participação na palestra, seguida do passe. A palestra nos é indicada porque o homem só se transforma através do conhecimento, logo um convite explícito à reforma moral, sem o que não haverá sucesso no tratamento em curso.
Entra então a nossa primordial colaboração para o sucesso do tratamento, pedindo disciplina e determinação na mudança dos nossos hábitos e pensamentos e aqui muitas vezes encontramos uma dificuldade, pois queremos a cura sem dela ser partícipe. Disciplinando-nos estaremos cuidando por osmose daquele que nos persegue, o obsessor.
Este assedia-nos através dos pensamentos, inspiram coisas a nossa mente, plantam a desconfiança, cega-nos a vista a verdade, manipulam pessoas etc., tudo a fim de nos trazer dores e sofrimentos, nos levando a caminhos e atitudes desacertadas que nos acarretará mais dores e sofrimentos.
Como poderemos resolver este problema? Com reforma moral, esforço pessoal, disciplina, amor e perdão. Com positivismo, alegria e fé. Fazer o bem é o melhor antídoto ao mal, orar por aqueles que nos perseguem ou caluniam é a saída. Tudo isso aliado ao tratamento espiritual, haurimos as forças necessárias para seguir neste propósito.
Não devemos procurar o centro para nos livrar do obsessor se não houver o esforço pessoal; se ao sair do centro continuamos com os mesmos tipos de pensamentos e atitudes. O milagre possível é aquele que conseguimos promover através do esforço pessoal e neste propósito contamos com a espiritualidade amiga a nos impulsionar. Parceria; eu mudo e os espíritos me ajudam e os que me perseguem mudam comigo.
Só o amor cobre uma multidão de pecados, só o amor transforma. Só o amor socorre e cura. Não necessitamos da lembrança dos episódios ocorridos, mas sim do amor incondicional que ampara e guarda todos nós. Sigamos o Nazareno, que nos ensinou a fazer ao outro o que queremos receber e assim, não haverá ódios nem obsessões.
Encerramos com o Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo 28, prece 81 a nos elucidar.
A obsessão é sempre o resultado de uma imperfeição moral que o expõe a um mau espírito.
Os maus espíritos pululam ao redor da Terra, devido a inferioridade moral dos seus habitantes.
Para se preservar da obsessão é preciso fortalecer a alma, daí a necessidade do obsediado trabalhar pela própria melhora, para cessar a obsessão. ”
… A tarefa torna-se mais fácil quando o obsediado, compreendendo a sua situação, traz ao seu concurso a vontade e a prece.
Em todos os casos de obsessão, a prece é o mais poderoso auxiliar para agir contra o espírito obsessor.