A Embraer iniciou, na segunda-feira, dia 30, uma negociação com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos sobre o regime a ser adotado pelos trabalhadores após o período de férias coletivas.
A empresa afirmou que pretende manter na fábrica apenas aqueles que irão atuar na produção de componentes para respiradores a serem usados em pessoas internadas com a Covid-19, além de peças de reposição para aviões. Os outros funcionários ficariam em casa.
As férias coletivas estão programadas para serem adotadas entre os dias 1º e 9 de abril. Uma nova reunião entre empresa e Sindicato vai acontecer hoje, quarta-feira (1º).
Pauta de reivindicações
Antes de assinar qualquer acordo, o Sindicato quer que a Embraer apresente o número de trabalhadores e os setores que atuarão na fabricação dos componentes para respiradores e reposição de peças. Todos os outros teriam de obrigatoriamente ser liberados.
O Sindicato reivindica também a assinatura da Convenção Coletiva, que não é renovada desde 2017. Também solicita estabilidade no emprego e nenhuma retirada de direitos.
“Enquanto Bolsonaro segue ironizando a crise do coronavírus, o nosso Sindicato continua defendendo a quarentena imediata para todos os trabalhadores. No caso da Embraer, estaremos firmes nas negociações para defender os direitos dos metalúrgicos. Neste momento de crise, as empresas não podem jogar a conta nas costas dos trabalhadores. É preciso manter salários e direitos”, afirma o presidente do Sindicato, Weller Gonçalves.
