Como fazer para desenvolvê-la? Parte 2/2
• Jacob Melo
A primeira ilação nos faz concluir que essa vontade não surge por mecanismos mágicos ou na intempestividade do dia a dia. Em O Livro dos Médiuns, capítulo IV, item 76 temos: “Façamos uma comparação. Quando se tem vontade de atuar materialmente sobre um ponto colocado a distância, quem quer é o pensamento, mas o pensamento por si só não irá percutir o ponto; é-lhe preciso um intermediário, posto sob a sua direção: uma vara, um projetil, uma corrente de ar, etc. Notai também que o pensamento não atua diretamente sobre a vara, porquanto, se esta não for tocada, não se moverá”. Significa dizer que a vontade é primordial, mas ela não é o objeto que fará mover o que pretendemos alcançar.
Imaginemos uma pessoa que não gosta de ler. Se se pedir que ela comece fazendo a leitura de um livro volumoso e com redação complexa, não se convencerá essa criatura de que ler é algo produtivo. Para se conseguir despertar o interesse deverá ser atrativa a leitura e que esta seja compatível com o interesse, os objetivos e a facilidade de se descobrir o mundo que está em meio às páginas e letras.
Para alguém que pense em ser formado nalguma prática que requeira estudos e recolhimento, não se estimulará seu ímpeto sem que se lhe apresente as vantagens e virtude decorrentes do se chegar lá.
E assim sucessivamente. Buscar o estímulo em cima de métodos, meios e fins, pois que costumam ser os responsáveis pelo sucesso da vontade. No caso específico do Magnetismo, tem quem não queira ser magnetizador por medo da responsabilidade – perdem a referência das virtudes advindas do bem em ação; tem os que alegam não ter tempo – e são estimulados a perderem tempo com passatempos improdutivos; existe o grupo dos “deixa que os Espíritos resolvem” – abrindo mão de serem construtores de melhores destinos…
A vontade se desenvolve por exercícios progressivos de domínio de si mesmo. Quero isso! E sai em busca. Quero aquilo! E estuda, analisa e se exercita para alcançar.
Quero ser! E se dedica, mesmo que seja difícil, mesmo que doa, mesmo que pese muito. Aí está o roteiro básico: determinação em tudo o que se pretenda fazer, ser ou alcançar. Quando já se fez desse hábito feliz uma constante na vida pessoal, fácil será se manipular essa alavanca em favor da ação do bem que o Magnetismo oferece. E isso também está expresso em Allan Kardec, na sua A Gênese, capítulo XIV, item 31: “O poder curativo estará, pois, na razão direta da pureza da substância inoculada; mas, depende também da energia da vontade que, quanto maior for, tanto mais abundante emissão fluídica provocará e tanto maior força de penetração dará ao fluido. Depende ainda das intenções daquele que deseje realizar a cura, seja homem ou Espírito”. (grifei)
Concluindo, a vontade é tão importante em nossa vida que até para o nosso progresso espiritual se faz requerida sua ação; com ela tudo fica mais fácil. O Livro dos Espíritos, em sua questão 909, nos convida à reflexão: “Poderia sempre o homem, pelos seus esforços, vencer as suas más inclinações”? – Resposta: “Sim, e, frequentemente, fazendo esforços muito insignificantes. O que lhe falta é a vontade. Ah! Quão poucos dentre vós fazem esforços! ”
Em muitos momentos Kardec aponta a vontade como sendo elemento indispensável ao bom magnetizador.
jul 26, 2018Bruno FonsecaColuna Espírita (Agê)Comentários desativados em Em muitos momentos Kardec aponta a vontade como sendo elemento indispensável ao bom magnetizador.Like
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