Na noite da última quinta-feira, 9, ocorreu o primeiro debate entre oito dos candidatos a presidente da República este ano. Foi uma excelente oportunidade perdida para o eleitorado conhecer as propostas de cada um, porque ninguém apresentou nada, ficando as três horas que durou o encontro apenas para falar de corrupção e economia.
Cada um quis aparecer com o pouco que tinha a apresentar. Alckmin teve que justificar o apoio do centrão, e explicou que esta é a sua estratégia para garantir a governabilidade depois de eleito. Meirelles tentou falar bem de si mesmo, lembrando que foi presidente do Banco Central no governo Lula e ministro de Temer- este, um peso pesado que ninguém quis defender.
Marina Silva não se destacou mas numa de suas falas mostrou-se favorável a que a lei do aborto permaneça como é, permitindo apenas nos casos de estupro, risco de vida da mãe e feto com anencefalia. Mais que isto, só com plebiscito, asseverou.
Jair Bolsonaro mostrou acreditar que seu vice, o general Mourão, era o que de melhor tinha a apresentar e insistiu que a velha política precisa mudar.
Ciro Gomes não teve muita chance de sobressair, mas no dia seguinte, muita gente falava de sua proposta: tirar os brasileiros do SPC. Alvaro Dias, por sua vez, falou umas quatro vezes, que se eleito, levará Moro para seu ministro da Justiça.
Já Guilherme Boulos fez o discurso da esquerda, falando tudo aquilo que a gente acha que todos ali precisavam ouvir, e o cabo Dalciolo, que pelo menos ficou conhecido.
Por Iára de Carvalho Jornalista
11/08/2018
