• Marcus De Mario – Instituto Brasileiro de Educação Moral-IBEM/RJ
O que Jesus veio fazer na Terra? Por que ele veio até nós? Qual a sua verdadeira mensagem? Por que ele é considerado Mestre? Podemos considerar as lições contidas no Evangelho como roteiros educacionais? A informação que ele é um espírito superior, governador de nosso planeta, procede? Essas e tantas outras perguntas vamos procurar responder através dos princípios espíritas, esclarecendo a missão de Jesus junto à humanidade. Iniciamos pelo signi¬ficado profundo do título de Mestre, único título que ele aceitou, como vemos no Evangelho de João (13:13): “vós me chamais o Mestre e Senhor e dizeis bem; porque eu o sou”.
Segundo Pedro de Camargo “Vinicius”, em seu livro O Mestre na Educação, o entendimento vai muito além da ¬ figura de um professor que ensina, como comumente se considera. Em suas considerações, lemos:
Mestre é aquele que educa. Educar é apelar para os poderes do espírito. Mediante esses poderes é que o discípulo analisa, perquire, discerne, assimila e aprende. O mestre desperta as faculdades que jazem dormentes e ignoradas no âmago do “eu” ainda inculto. A missão do mestre não consiste em introduzir conhecimentos na mente do discípulo: se este não se dispuser a conquistá-los, jamais os possuirá.
Educar, e não apenas ensinar, é o papel do mestre, motivo pelo qual podemos afirmar que nem todo professor se faz um mestre, mas todo mestre é também um professor. Apelar para os poderes do espírito é alcançar o âmago do ser imortal, é fazer com que todo o seu potencial aflore, fruti¬fique, lembrando que esse potencial foi dado por Deus no ato da criação, e que ele vem sendo desenvolvido através das experiências reencarnatórias, até sua plenitude quando do estado de perfeição do espírito. Então, no processo educacional, o mestre fará com que o educando – o espírito imortal – desenvolva cinco etapas, num ritmo progressivo e, ao mesmo tempo, simultâneo:
Análise – Aqui o educando desenvolve a capacidade de estudar alguma coisa de maneira mais minuciosa, percebendo os detalhes, só aceitando o ensino depois de uma análise criteriosa.
Perquirição – O educando é levado a investigar o objeto de estudo, aprendendo a pesquisar e indagar.
Discernimento – É o momento de avaliar utilizando o bom senso, percebendo a diferença entre o certo e o errado, distinguindo com clareza todas as informações.
Assimilação – O educando, com visão global, consegue entender por completo, consegue apreender o ensino.
Aprendizado – O educando é levado a incorporar conscientemente o ensino, passando a ter conhecimento pleno sobre o objeto de estudo.
Nesse trabalho o verdadeiro mestre levará o educando à consciência de si mesmo e ao seu papel na coletividade, tornando-se um sujeito ético e espiritualizado, cumpridor dos seus deveres, respeitador dos direitos e responsável por seus atos, tudo o que mais se deseja para que tenhamos honestidade, paz e solidariedade entre todos.
O professor – e o evangelizador – que educar com Jesus, estará desenvolvendo a verdadeira educação, ética, humana, formadora do caráter, estimuladora das virtudes, pois ele é o Mestre por excelência, nosso guia e modelo, como apresentado na questão 625 de O Livro dos Espíritos, e ao qual devemos fazer todos os esforços para seguir.
Educando com Jesus
maio 16, 2019Bruno FonsecaColuna Espírita (Agê)Comentários desativados em Educando com JesusLike
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