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sexta-feira 29 novembro 2024
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Edson Fachin quer levar ação do Lollapalooza ao plenário do TSE

Crédito: Carlos Moura/Divulgação – BNews

Em decisão monocrática, ministro Raul Araújo proibiu artistas de se expressarem politicamente durante apresentações no festival

Araújo atendeu a pedido do PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, que acionou a Corte após a cantora Pabllo Vittar erguer uma toalha com a foto do pré-candidato à Presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e gritar “fora, Bolsonaro”. O ministro fixou multa de R$ 50 mil em caso de descumprimento.

No pedido, o PL diz que os artistas deveriam ser impedidos de fazer propaganda eleitoral durante as apresentações no festival. A ação só é liberada, pelas regras eleitorais, a partir de agosto.

Em sua decisão, Araújo afirmou que há no país a “livre manifestação do pensamento” e “livre expressão da atividade intelectual”, além de ser “vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística”, mas “a manifestação exteriorizada pelos artistas durante a participação no evento caracteriza propaganda político-eleitoral”.

Outro trecho de destaque da decisão detalhou que os artistas que se apresentaram no Lollapalooza, “além de destilar comentários elogiosos ao possível candidato, pediram expressamente que a plateia presente exercesse o sufrágio em seu nome, vocalizando palavras de apoio e empunhando bandeira e adereço em referência ao pré-candidato de sua preferência”.