Uma visão próxima a de Arthur Ramos à época, embora menos arraigada em suas questionáveis hipóteses psicológicas, era a do pesquisador Edison Carneiro. Ancorada na herança intelectual de Souza Carneiro, seu pai, Edison Carneiro construiu sólida carreira como prolífico escritor. É autor de diversos livros, como: Religiões negras (1936), Negros Bantus (1937), Candomblés da Bahia (1948), Antologia do negro brasileiro (1950), Capoeira (1975), O quilombo dos Palmares (1958), Os cultos de origem africana no Brasil (1959), O folclore Nacional (1954), Ladinos e crioulos (1964), A sabedoria popular (1959), Samba de umbigada (1961) e Ursa maior (1980). Suas obras são essenciais sobre os africanos e as culturas negras no Brasil, em particular no aspecto informativo.
Durante as décadas de 30 e 40, na divulgação do pensamento da Escola Nina Rodrigues , no Rio de janeiro, vê-se que se aliam o pensamento de Arthur Ramos e o de Edison Carneiro. Teve, também, papel importante a professora Marina São Paulo de Vasconcelos, na então Universidade do Distrito Federal e, depois, na Universidade do Brasil.
As contribuições de Freyre, de Carneiro e de Ramos foram, sem dúvida, fundamentais para a construção de um paradigma pluriculturalista na interpretação das relações étnico-raciais.
Edison Carneiro: africanos e culturas negras no Brasil
set 27, 2019Bruno FonsecaLiteratura em gotasComentários desativados em Edison Carneiro: africanos e culturas negras no BrasilLike
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