O homem ou a mulher se candidata, chama toda a família para votar neles, chama os amigos, chama a população, se faz de bonzinho, faz promessas, promete que vai mudar a cidade, o estado ou o pais e o povo acredita, vota nele com a esperança de ver alguma coisa mudar.
Mas, chega lá (tenho que reconhecer que há exceções) e trata de desfrutar as mordomias sem se preocupar com quem paga a conta.
Não se envergonha de usufruir das verbas de gabinete, verba de alimentação, verba de xerox verba de tudo o que se possa imaginar, auxílios moradia, monte de assessores, carros oficiais, motoristas, seguranças e tudo o mais.
E quem paga a conta? Eu, você, o povo…
E a preocupação com a população? Hum?
E a saúde?
Vai muito mal, obrigado. Não temos hospitais suficientes e o que temos são precários, com equipamentos obsoletos e quebrados. Faltam médicos, enfermeiros, medicamentos, leitos e respeito a população, principalmente aos pobres que pagam seus impostos e que dependem do governo.
E a segurança? Meu Deus!
Quem tem coragem de deixar o portão de casa aberto? A porta destrancada? Não dá.
E ninguém vê isso?
Quem tem coragem de andar a noite por ruas de bairro? Ninguém! Aqueles que caminham por essas ruas o fazem não por coragem e sim por absoluta necessidade.
Os bandidos estão soltos e a população encarcerada em suas casas. Não existe mais preocupação com a lei, os bandidos roubam, assaltam, cometem latrocínios à luz do dia, vendem drogas e nada acontece. A impunidade impera.
A polícia faz seu trabalho mas, o que adianta? Com leis fracas, cheia de brechas, os bandidos saem rapidinho da prisão.
E se for um menor de idade? E se for um político?
E quando bandidos vão presos ainda conseguem cometer crimes de dentro da cadeia.
E, para piorar, ainda tem as ridículas saidinhas dos feriados.
E a educação? Tá de brincadeira, né?
Triste de ver. Como um país pode querer crescer se não investe na educação que é a base de tudo? Escolas velhas, quebradas, vandalizadas muitas vezes com número excessivo de alunos que, por sua vez, estão desmotivados. Cadê o governo? Cadê os políticos?
Os professores, classe sofrida, deveriam ser os profissionais mais bem remunerados entre todos profissionais e são deixados de lado com salários medíocres e condições de trabalho péssimas. Não existiria profissional de espécie alguma se não fossem os professores e são esquecidos.
Cadê os políticos?
Cadê aquele, ou aquela, que pediu o voto da família, dos amigos, da população?
Sumiu e só vai aparecer de novo na próxima eleição. Existem exceções sim. Existem aqueles que tentam fazer o certo mas, é difícil remar contra a correnteza.
O sistema não permite mudanças.
E quando a gente espera que a suprema corte nos socorra, ficamos sabendo da enormidade de mordomias que acompanham os intocáveis. Recentemente um Senador escancarou os excessos econômicos dos 11 ministros. Não sabemos até onde vai a veracidade disso mas, confesso, fiquei surpreso e revoltado.
Justamente o Supremo? Que deveria dar o exemplo.
E o povo paga a conta! É justo?
E só me enganam
abr 25, 2019Bruno FonsecaCrônicas e Contos do EscritorComentários desativados em E só me enganamLike