• Rogério Miguez
São chegados os tempos, como havia sido predito no passado. A iniquidade se apresenta dominadora e parece ser a grande vencedora. Poucos podem sorrir e desfrutar da relativa felicidade tão desejada, enquanto milhões sofrem todo o tipo de escárnio e sofrimento. Que época! Que momento!
Mamon, o deus da ganância parece imperar nos corações e mentes dos desavisados, provocando uma anormal concentração de bens nas mãos de pouquíssimos.
Quem em sã consciência diria ser possível ter se concretizado este atual quadro. A que ponto chegamos, exclamam muitos. Qualquer mortal, diante de tal cenário, temeroso diria: O dia do juízo final está próximo, pois, maiores descalabros do que estes não podem existir, é o fim dos tempos. Onde está o Criador, não está vendo tantas injustiças? Fomos deserdados!?
Entretanto, não somos mortais, somos imortais, graças ao Espiritismo sabemos agora que a vida transcende de muito a atual e pequenina existência. A vida não se realiza apenas nestes tempos, já vivemos, continuamos vivos e viveremos, aqui e em outros mundos, seremos viajores no Universo de casa em casa, de mundo em mundo, tanto ainda por descobrir e conhecer, até finalmente conquistarmos a relativa perfeição, fatal destinação de todos nós. A vida ora enfrentada é passageira, representando particularmente talvez o clímax de um processo de renovação, neste mundo e desta parcela da humanidade universal.
Alguns argumentam ser fácil falar, quando: há comida na dispensa; existem roupas limpas para se vestir; podemos voltar para a nossa casa que nos espera de portas abertas nos protegendo do frio e das intempéries; é possível consultar um médico e comprar remédios diante de uma doença inesperada…, realmente são tantas as necessidades materiais.
É fato, cada qual desfruta de variadas possibilidades e recursos, todavia, todos sempre frutos amargos ou saborosos oriundos das condutas passadas, do exercício pleno de nosso livre arbítrio, e, sendo a nossa amada Terra ainda um mundo de provas e expiações, é de se esperar muito choro e ranger de dentes, muitos escândalos ainda hão por vir.
Nestas épocas, se roga ao cristão para não desfalecer, é uma fase de testes, provas, verificações de aprendizado, quando a pequenina virtude da fé, aquela que mesmo do tamanho de um grão de mostarda tem o poder de mover montanhas, deve ser lembrada e vivida cuidadosamente em nossas mentes e corações, substituindo integralmente Mamon o deus filisteu das riquezas.
Ela nos fará: atravessar este ciclo sem fraquejar ou sucumbir diante de tantas incertezas; nos comunicará a fortaleza para enfrentar os dilemas ainda por vir; enfim, nos manterá vivos e confiantes no Pai que está à frente de tudo e jamais nos perde de vista.
São tempos de renovação, de testemunhos, de paciência, de resignação e de muita oração.
Exercitemos a fé renovadora, ela nos avivará a esperança em dias melhores, não nos deixará tais quais órfãos perambulando sem rumo pelas estradas da vida, ela tem o poder de promover a alegria e confiança na mensagem de imortalidade do inolvidável Rabi da Galiléia, nos mostrando como fortificar a cidadela íntima para enfrentar dias tão incertos.
Não esmoreçamos, pois aqueles que atravessarem esta etapa de provas com galhardia e brandura herdarão a Terra, e desfrutarão de momentos mais reconfortadores e felizes, capazes de nos fazer sentir internamente como verdadeiros filhos do Pai Amoroso e Misericordioso, herdeiros da vida eterna, irmãos de toda a Humanidade.
É momento para não esmorecer
jan 16, 2019Bruno FonsecaColuna Espírita (Agê)Comentários desativados em É momento para não esmorecerLike
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