Diretora do Centro de Excelência e Inovação em Políticas Educacionais da Fundação Getulio Vargas (FGV), Cláudia Costin, afirmou em entrevista à CNN, que o retorno seguro às salas de aula não pode descartar questões importantes, como a inclusão dos professos em grupos prioritários para a vacinação contra a Covid-19 e fornecimento de material digital para o ensino híbrido em escolas públicas.
“Quem tem que definir o momento correto de retomar cada atividade são as autoridades sanitárias. Se eles consideram que estamos pronto para um retorno seguro, é importante deixar as escolas preparadas”, avaliou a especialista.
Nesta segunda-feira, 1º, as escolas particulares de todo o estado de São Paulo e do Rio de Janeiro retomaram as aulas presenciais.
Para Cláudia, é preciso que essa volta às aulas atenda aos critérios sanitários para evitar disseminação de Covid-19 entre alunos e professores, mas, para além disso, deve se considerar os professores como prioridade para receber imunização.
“É verdade que tanto na Europa quanto na África não se ficou tanto tempo longe das escolas e eles voltaram sem a vacina. Mas agora que temos vacinas disponíveis, é importante colocar os professores como prioridade na vacinação”, disse.
“Outro ponto é estabelecer alguma forma de ensino híbrido compatível com os recursos que alunos de escola pública tenham – ou seja, fornecer tablets, chips [de celular] para que, nos dias que eles não têm aula, dado o rodízio, possam continuar os estudos como os alunos de escolas particulares”, concluiu.