Governador defende o isolamento;
Medida entra em vigor na próxima quarta-feira, dia 8
O governador João Doria (PSDB) prorrogou nesta segunda-feira (6), a quarentena em todo estado de São Paulo até dia 22 de abril.
Doria disse que aqueles que prezam pela vida devem optar e defender a medida. Ao citar o papa Francisco, ele disse que o dinheiro pode esperar e que a vida vem antes do lucro.
“Para aqueles que me pressionam [para acabar com o isolamento] eu pergunto: vocês estão preparados para assinar os atestados de óbitos dos brasileiros? Para carregar os caixões? Vão enterrar as vitimas?”, questionou.
Doria também listou quem são as autoridades que defendem a quarentena. “No Brasil, quero lembrar, que defendem o isolamento o ministro Luiz Henrique Mandetta (Saúde), Sergio Moro (Justiça), o vice-presidente Hamilton Mourão, o centro de estudos do exercito brasileiro, e médicos e especialistas da saúde”.
Com a prorrogação da quarentena, o comércio de São Paulo deve continuar fechado e só os serviços considerados essenciais continuarão funcionando – supermercados, farmácias, hospitais, postos de combustível e limpeza pública.
O isolamento começou em São Paulo em 24 de março e teria validade até amanhã, dia 7 .
São Paulo é o Estado que mais registrou mortes nos país: 275 óbitos.
Já foram notificados 4.620 casos confirmados da covid-19.
Ação da Polícia
De acordo com Doria, a polícia militar de São Paulo está autorizada a agir para orientar e evitar aglomerações. “A 1ª medida será orientativa […] a 2ª medida será coercitiva, de acordo com o que está previsto na lei”, disse Doria.
Ameaças
O governador contou que tem recebido ameaças por defender o isolamento e por isso decidiu afastar os filhos de casa. “Já tenho 1 novo número de celular, mas mantenho este para guardar as provas. Recebi ameaças inclusive em áudio”, afirmou.