Uma das grandes dificuldades nos relacionamentos é a ausência da conversa sincera e amigável, onde os dois lados possam expor seus pontos de vista com tranquilidade e sem a pretensão de “salvar” o outro, mas mantendo a mente aberta para a possível necessidade de mudar também a si próprio.
Neste campo é preciso um tato todo especial, pois, do contrário, a tentativa de entendimento pode se transformar em mais desarmonia quando não sabemos como, o que e o quanto dizer, já que às vezes, calar é mais caridoso que falar.
Essa questão de relacionamento também está presente nas instituições espíritas onde o diálogo é imprescindível tanto para o crescimento dos trabalhos, quanto individual. Sem diálogo, os conflitos se agravam gerando desentendimentos, insatisfações e desmotivações nas tarefas.
A humildade é essencial para se estabelecer um bom nível de relacionamento entre as pessoas, pois facilita o diálogo, além de ser um recurso valioso para promover a união e a fraternidade.
Disse Jesus (Mateus, cap. V, vv. 23 e 24): Se, portanto, quando fordes depor vossa oferenda no altar, vos lembrardes de que o vosso irmão tem qualquer coisa contra vós, deixai a vossa dádiva junto ao altar e ide, antes, reconciliar-vos com o vosso irmão; depois, então, voltai a oferecê-la (O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. X, item 7). O espírita não faz oferendas podendo, entre tantas possibilidades, traduzir esta passagem do Evangelho como relativa às suas atividades no centro espírita e como ser humano. Jesus mostra que qualquer atitude positiva para com Deus ou para com os Espíritos Superiores passa, obrigatoriamente, pelo nosso próximo, a começar por aqueles com quem convivemos mais de perto. É mais importante a atitude fraterna para com o semelhante do que a oferenda ao Criador do Universo. E não adiantaria muito a caridade para com os estranhos quando ainda não conseguimos manter os laços afetivos com os nossos amigos trabalhadores da Casa Espírita.
Num ambiente onde existe a confiança mútua e o respeito, as pessoas se sentem mais à vontade para expor as suas fragilidades e também para orientar e serem orientadas, sem melindres desnecessários, geralmente, frutos de uma vaidade.
O lema “Fora da caridade não há salvação” tem aplicação em todos os âmbitos da vida e, especificamente quando fazemos parte de um agrupamento com determinada finalidade no bem, a prática desta assertiva se faz amplamente necessária, tendo em vista que uma equipe só pode se chamar assim quando todos estão ligados por laços de união, amor e fraternidade.
• Adilson Mota, extraído do Jornal Vórtice setembro/2009.
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Se há tanta paz
Se há tanta paz no azul que o céu abriga, / E há tanto azul que tanto bem nos faz, / Se há tanto azul e há tanto céu, me diga / Por que o homem não encontra paz? / Se há tanta paz no verde-mar da onda / Que faz-se verde e em branco se desfaz, / Se há tanta onda pelo mar, responda: Por que o homem não encontra paz? / Se há tanta paz no odor das multicores Flores: orquídeas, rosas, manacás … / Se há tanta paz em cada flor e há tantas flores, / Por que o homem não encontra paz? / Se há tanta paz nos cânticos suaves Que entoam na alvorada os sabiás, Se há paz num canto de ave e há tantas aves, Por que o homem não encontra paz? / Se há tanta paz na brisa que desliza / Sobre as folhagens, tímida e fugaz; / Se há tanta paz na brisa e há tanta brisa, / Por que o homem não encontra paz? / Se há tanta paz nas expressões tão mansas / Que ao vir ao mundo uma criança traz, / E cada dia existem mais crianças, / Por que o homem não encontra paz? / Se há tanta paz nos corações com fé / Que atrai o bem e afasta as coisas más, / Então oremos juntos, todos de pé, / Para que o homem encontre um dia a paz!
• Luna Fernandes (O Mensageiro).
Diálogo na Casa Espírita
ago 22, 2018Bruno FonsecaColuna Espírita (Agê)Comentários desativados em Diálogo na Casa EspíritaLike
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