Ao longo dos séculos, as mulheres nunca tiveram uma vida fácil. Observando a história, cada conquista obtida pelas mulheres foi fruto de muita luta, muito sacrifício, às vezes até da própria vida. Nada mais distante da realidade do que afirmar que a mulher é o sexo frágil, pois para o protagonismo feminino, e avanços em termos de conquistas práticas, foi necessário muita força e persistência. Para relembrar essa história e renovar a cada ano esse espírito de luta foi criado o dia internacional da mulher.
No Brasil, as mulheres enfrentaram, e ainda enfrentam, muitas dificuldades para fazer valer seus direitos, mas nem por isso ficam alienadas ou conformadas com a situação. Em uma sociedade em que é preciso conquistar cada espaço, as mulheres já demonstraram o quanto já lutaram para fazer valer suas escolhas, para fazer ouvir a sua voz.
As atuais gerações já aprenderam desse legado, e com o passado nas mãos, a consciência do presente e a determinação para o futuro, as mulheres demonstram que estão dispostas a seguir adiante em sua luta por mais igualdade, dignidade e respeito.
A mulher conquistou muitos espaços, teve muitos avanços. Mas, infelizmente, ainda há muita violência contra a mulher. Existe um ambiente ainda adverso para as mulheres na sociedade. É alarmante o número de mulheres mortas de forma violenta, alcançando neste momento histórico alto índice. São vítimas de agressões, principalmente por causa de conflitos de gênero.
Não podemos esquecer o crescente número de mulheres que são arrimo de família. Elas, na maioria das vezes, foram abandonadas pelos maridos ficando com os filhos e familiares doentes ou idosos com responsabilidade de cuidá-los; recebendo, um salário inferior ao dos homens e vivendo em condições insalubres.
No cuidado da vida e no exercício da caridade e da cidadania, as mulheres constituem testemunhas de perseverança pelos caminhos que conduzem à dignidade, à liberdade, à justiça e à paz.
A história assistiu as manifestações do gênio feminino no meio de todos os povos e nações.
É preciso reconhecer às mulheres que no empenho na superação de todo tipo de violência, possibilitam a construção de uma cultura da paz no ambiente familiar e social. Face a inúmeras situações de violência e tragédias, são quase sempre as mulheres que mantém intacta a dignidade humana, defender a família e tutelar os valores culturais e religiosos e apontam sinais de esperança.
A mulher tem um papel muito importante na transformação da sociedade. Primeiro, porque ela tem um coração, uma sensibilidade diferente do homem, ela se comove mais em todas as situações que se apresentam. Quando ela gera um filho, como ela cuida desse filho, o que ela conversa com essa criança, a educação dessa criança até a fase adulta. Tudo isso tem um poder enorme de transformação da sociedade, de transformação dos seres humanos que vão compor essa sociedade. E como mulher na política e no mercado de trabalho, ela também pode fazer a diferença.
Por José Pereira da Silva – é professor