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quarta-feira 27 novembro 2024
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Desigualdade

Acaba de chegar aos leitores a revista “Problemas Brasileiros”, editada pela Fecomércio do Abram Szajmam. A desigualdade de classes no Brasil é a tônica da edição – o país reduziu a miséria nos últimos anos, mas ainda convive com um abismo entre a base e o topo da pirâmide social. É aquilo que sempre se diz: ricos cada vez mais ricos e pobres cada vez mais pobres.
Sob o título “Pirâmide social deformada”, a autora Marlene Cohen diz que o Brasil tem hoje 72 milhões de pessoas mergulhadas na pobreza, com rendimento inferior a US$ 5,50 por dia. Ano passado, o país ganhou 12 novos bilionários. Agora são 43 ao todo. Ao mesmo tempo, despencou 19 posições no ranking de desigualdade social da ONU, aparecendo entre os dez primeiros com maior disparidade socioeconômica: os 5% mais ricos da população detêm a mesma fatia de renda que os outros 95%.
Leia-se mais: “ O maior risco gerado pela desigualdade é a ascensão do racismo e da xenofobia. Se não resolvermos o problema de forma democrática, sempre teremos políticos tentando explorar a frustração causada por ela”.
É o que estamos vendo. E não podemos fazer nada.