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sábado 21 setembro 2024
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Desalento sinaliza perda da esperança de recolocação profissional, diz Antonio Neto

Desalento sinaliza perda da esperança de recolocação profissional, diz Antonio Neto

Proporção de desalentados passou de 14% para 22% em 2 anos, mostra Ipea

O candidato ao Senado pelo PDT de São Paulo, Antonio Neto, partido de Ciro Gomes, candidato a Presidente da República, esteve ontem na redação do Diário de Taubaté. Antonio Neto conversou com as jornalistas Glaucia Moraes e Ana Luiza de Carvalho Stipp e apresentou a sua proposta para o senado.

Em meio à atual crise, mais brasileiros, principalmente nas periferias das grandes cidades, estão perdendo a esperança de que haja recolocação profissional, o que leva mais pessoas desempregadas ao chamado desalento. A afirmação é do candidato do PDT ao Senado por São Paulo, Antonio Neto.

“Para os brasileiros de baixa escolaridade a atual situação do país está se mostrando ainda mais dramática, o que as desmotiva de continuar na busca de um emprego que não aparece”, afirma Neto, a respeito de pesquisa recente divulgada pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Avançada). Segundo ele, o avanço do desalento “atrasa ainda mais a retomada do ciclo virtuoso da economia.”

De acordo com o documento, metade dos indivíduos que deixaram de procurar emprego por conta do desalento (situação de quem deixou de procurar emprego por falta de perspectiva de encontrar ocupação) possui apenas o ensino fundamental incompleto. Por faixa etária, os jovens entre 18 e 24 anos (15% da população em idade ativa para o trabalho) correspondem a 25% dos desalentados. A região Nordeste (60% do total nacional) é a que mais concentra pessoas nesta condição.

O Ipea mostra ainda um avanço acentuado do desalento: no início de 2016 pouco mais de 14% dos desempregados acabavam no desalento; no 2º trimestre deste ano, essa proporção passou a 22,4%.

Mulheres

O Ipea ainda destaca que o desalento entre as mulheres é maior que entre os homens: entre elas, a taxa é de 52,4% da PIA (População em Idade Ativa), enquanto entre eles fica em 47,6%.

Para o instituto, o brasileiro desempregado tem levado mais tempo para encontrar nova ocupação e mais pessoas têm ficado mais de dois anos na procura por uma nova ocupação: no segundo trimestre deste ano, esse percentual foi de 24% – contra 22% no mesmo trimestre do ano passado e 20% no mesmo período de 2016.

“O Programa Nacional de Desenvolvimento, de Ciro Gomes, propõe a retomada de obras paradas no país, o que deve gerar, já em 2019, dois milhões de empregos, para homens e mulheres”, destaca Neto.