Quatro deputados que integram a delegação do Parlamento Europeu foram impedidos de entrar na Venezuela e tiveram os passaportes retidos, de acordo com um dos parlamentares. O grupo de eurodeputados foi convidado pela Assembleia Nacional Constituinte, formada por maioria de oposição e não reconhecida pelo governo do presidente Nicolás Maduro.
Na sua conta pessoal no Twitter, o ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Jorge Arreaza, informou que os parlamentares europeus foram notificados que não poderiam ingressar no país.
O impedimento ao ingresso dos parlamentares ocorreu na segunda-feira dia 17. A Venezuela vive intensa crise humanitária, política e econômica, após o deputado federal Juan Guaidó se autoproclamar presidente interino, no dia 23 de janeiro, e ser reconhecido por vários governos, inclusive o do Brasil.
A expulsão dos eurodeputados foi denunciada por Guaidó em um vídeo postado na sua conta no Twitter. A delegação estava composta pelos eurodeputados Esteban González Pons, José Ignácio Salafranca Sánchéz-Neyra e Juan Salafranca, além de Paulo Rangel.
No vídeo, o deputado espanhol Esteban González Pon, reclama que eles foram expulsos e que não foi comunicado sobre “o porquê” do impedimento. Ele lembrou que é a primeira delegação internacional que iria visitar Guaidó. “Quando, em um país, um ditador fecha as janelas e apaga as luzes é que vai passar das palavras para os fatos”, disse o parlamentar.
No fim de semana, o senador republicano dos Estados Unidos Marco Rubio reclamou das dificuldades para o ingresso de ajuda humanitária internacional na Venezuela.