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quarta-feira 27 novembro 2024
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Defesa Civil: em oito dias choveu 65% a mais que o esperado para todo o mês de outubro

Acumulado na capital paulista foi de 211 mm desde o dia 1º, enquanto que o esperado para outubro era de 126,6 mm

O mês de outubro está sendo marcado pelas fortes chuvas que atingem o Estado de São Paulo. Segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências da Defesa Civil do Estado (CGE), na capital paulista, o acumulado de chuvas dos oito primeiros dias foi 65% maior que o esperado para todo o mês de outubro. Com 211 mm de chuva, a cidade já bateu os 126,6 mm previstos para os 31 dias do mês. Em Campinas, o acumulado das últimas 72 horas foi de 125mm, superando a média mensal de 113,1 mm. Já Sumaré registrou a maior chuva do estado nos últimos três dias, com 174 mm de acumulado.

As cidades de Santo André e Franco da Rocha, localizadas na Grande São Paulo, também já registraram chuva maior que a média de outubro. Os meteorologistas da Defesa Civil afirmam que a média destas cidades é de 128,5 mm, enquanto que desde o início do mês já choveu 188 mm em Santo André e 232 mm em Franco da Rocha. Nas últimas 72 horas as cidades registraram 105 mm e 119 mm respectivamente.

Em Franco da Rocha, a chuva ocasionou pontos de alagamento no centro da cidade. Na Avenida Pacaembu três imóveis foram atingidos por um deslizamento de terra; uma casa desabou e outras duas ficaram interditadas. Já na Rua Lucas Vieira um talude escorregou e bloqueou a via. Até o momento não há registro de vítimas na cidade.

Em Caieiras, também na Grande São Paulo, houve pontos de alagamento em diversas ruas da cidade. As águas também atingiram o Teatro Municipal da cidade. Na cidade de Taboão da Serra um imóvel desabou na manhã desta segunda-feira. O local estava em reforma e não haviam pessoas no momento do desmoronamento. Duas casas vizinhas foram interditadas pela Defesa Civil municipal.

Na região de Campinas, algumas cidades registraram quedas de árvores e pontos de alagamento. Em Socorro, a Estrada Municipal Socorro Munhoz, no km 8,2, ficou alagada atingindo um comércio local. Já na Rodovia Capitão Barduino, próximo à ponte do rio do Peixe, uma árvore de grande porte caiu, obstruindo temporariamente uma faixa de rolamento.

Em Campinas, além da queda de árvores, ruas ficaram alagadas. O Corpo de Bombeiros precisou socorrer duas pessoas que ficaram ilhadas em um ponto de ônibus. Não houve registro de vítimas feridas. Já em Sumaré, houve o extravasamento do Ribeirão Colombo e vários bairros estão alagadas. A Defesa Civil do Estado encaminhou uma equipe para apoiar o município.

Na Capital e Grande São Paulo, o Corpo de Bombeiros registrou 47 chamados para quedas de árvores, 37 para desmoronamentos e 86 para enchentes, entre a noite de domingo, 8, e a manhã desta segunda-feira, 9.

A capital amanheceu com algumas ruas alagadas. No extremo sul, duas pessoas que ocupavam um veículo foram socorridas pelo Corpo de Bombeiros para o Pronto Socorro de Diadema. Segundo testemunhas, o carro foi parar dentro de um carro depois de uma colisão.

O CGE segue monitorando as condições meteorológicas no Estado de São Paulo. Nesta segunda-feira, o tempo segue com nebulosidade, mas as chuvas perdem força. A Defesa Civil estadual aguarda o pedido dos municípios para encaminhar ajuda humanitária às famílias desalojadas.