Depois de passar por Paraibuna, Guararema, São Luiz do Paraitinga, Cachoeira Paulista, São José do Barreiro e São José dos Campos, o “Dedim de Prosa”, encontro realizado para coleta e compartilhamento de informações sobre as práticas e iniciativas de Educação Ambiental na Bacia do Rio Paraíba do Sul, encerrou em Taubaté, na quinta-feira, dia 19, sua primeira fase, com a presença de representantes vindos de Caçapava, Pindamonhangaba, Taubaté e Cunha, de organizações da sociedade civil, prefeituras e da Diretoria Regional de Ensino, que sediou o evento.
Dentre os vários assuntos debatidos durante a reunião, um dos destaques foram as dificuldades encontradas para que a Educação Ambiental chegue à realidade e ao dia-a-dia dos cidadãos, deixando evidente que há falhas na forma de se comunicar com a sociedade. A linguagem muito técnica e a dificuldade de mobilização são alguns dos problemas apontados.
Por outro lado, o reconhecimento da Educação Ambiental como algo que vai além dos parâmetros formais e de datas específicas, podendo se constituir de ações praticadas informalmente por vários setores, também foi senso comum entre os participantes, além da necessidade de buscar o envolvimento dos produtores rurais, principalmente nos pequenos municípios.
PLATAFORMA E DIAGNÓSTICO
Uma das ferramentas apresentadas na reunião para que a comunidade possa ter participação efetiva na elaboração do Plano de Educação Ambiental e Mobilização Social (PEAMS) foi uma plataforma digital (www.rioparahyba.com.br) criada para que os cidadãos possam opinar e apontar iniciativas e prioridades para o Plano. O prazo final para que isso possa ser feito é o início de março.
Organizados pelos Institutos H&H Fauser e Chão Caipira, ambos de Paraibuna, os encontros fizeram parte do levantamento de informações para a formulação do diagnóstico que orientará a elaboração do PEAMS, que deverá ficar pronto até setembro próximo. O projeto é do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul (CBH-PS), com financiamento do Fehidro.
“Em abril voltaremos para discutir e formular conjuntamente com a sociedade e o Poder Público, as diretrizes do que desejamos para as futuras ações de Educação Ambiental na região. Essas diretrizes, inclusive, servirão de base para a proposição de projetos e a formulação dos planos municipais”, afirma a coordenadora do projeto, Amely Fauser.
Segundo ela, enquanto nessa primeira fase tem se buscado o máximo envolvimento de todos os segmentos da comunidade para que se tenha uma visão real do que existe, na segunda fase o objetivo é chegar a um consenso sobre o que se deseja para o futuro, quando o PEAMS possa ser colocado em prática.
