Search
domingo 22 dezembro 2024
  • :
  • :

De loira do banheiro ao Fofão ‘assassino’: confira 5 lendas urbanas famosas no Brasil

Presentes no imaginário popular, algumas delas amedrontam até os dias atuais

Lendas urbanas sempre se fizeram presentes na cultura popular brasileira com anedotas, contos e histórias folclóricas, desbravando o imaginário — e em muitas vezes, sendo responsável pelo medo noturno dos mais crédulos nas teorias.

Por isso, o site Aventuras na História separou uma lista livre de figuras amedrontadoras do mundo e reservamos apenas lendas urbanas que marcaram a vida dos brasileiros.

Confira as cinco lendas urbanas mais famosas do Brasil.

1. Capa Preta
De acordo com o portal G1, a lenda é originária de Maceió, capital de Alagoas, e consiste em uma bonita mulher que foi conhecida em um baile no século 20, levando aos braços uma capa preta. Ao sair do baile, um rapaz decidiu acompanhá-la até a residência, sendo guiado até a porta de um cemitério.
Por lá, ela pediu que, do ponto em diante, ela seguisse a viagem sozinha, mas passou o endereço de sua casa ao rapaz, que foi buscá-la no dia seguinte. A surpresa, no entanto, foi quando o garoto decidiu reencontrá-la; no endereço, foi informado que ela já não morava lá, pois havia falecido anos antes. Descrédulo, a família o conduziu até o túmulo da jovem, que estava com a capa que ela levava.

2. Boneco do Fofão
O quimérico personagem de Orival Pessini se tornou um sucesso comercial nos anos 1980, se tornando alvo de produtos segmentados ao público infantil. Contudo, seu boneco contava com um suporte para estabilizar a cabeça no torso de pano, de maneira que se mantivesse ereto.

Alguma criança muito arteira, no entanto, conseguiu rasgar o brinquedo, revelando o formato de punhal do suporte e, consequentemente, iniciando a lenda urbana do boneco assassino do Fofão. “Uma pessoa qualquer puxou aquele pino lá e falou ‘Ó, é um punhal do demônio’ e levaram para botar fogo!”, afirmou Orival Pessini, criador do personagem, em entrevista a Roberto Justus em 2014.

3. Loira do Banheiro
A revista Super Interessante atribui a história da loira do banheiro a um caso real que ocorreu em Guaratinguetá, interior de São Paulo, no final do século 19. Uma jovem chamada Maria Augusta de Oliveira Borges teria sido obrigada a casar-se aos 14 anos com um homem muito mais velho, porém, não esteve feliz e teria fugido aos 18 anos para Paris, ao vender todas as suas joias.

Por lá ficou até os 26 anos, onde morreu misteriosamente, sem atestado de morte atribuindo a causa. Ao ter o corpo trazido ao Brasil, sua mãe se arrependeu do casamento arranjado e não queria enterrá-la, mantendo o caixão em casa. Por fim, a casa deu lugar à Escola Estadual Conselheiro Rodrigues Alves, onde a lenda iniciou entre os alunos.

4. Palhaços da Kombi
Em 1995, o jornal Notícias Populares estampou em sua manchete principal que uma gangue, composta por homens vestidos de palhaços, passavam em frente a escolas da Região Metropolitana de São Paulo com uma Kombi azul, buscando sequestrar e sumir com crianças.

Apesar da lenda urbana ser responsável por amedrontar pais de crianças, a polícia afirmou que não houve nenhum boletim de ocorrência relatando a tal passagem, obrigando o veículo a se retratar, como noticiou a Folha de S. Paulo. Mesmo assim, o imaginário popular manteve viva a memória amedrontadora da tal gangue de palhaços.

5. Xuxa feat. Ganzaré (aka Capiroto)
Conforme reportamos anteriormente, a associação da apresentadora Xuxa Meneghel com o satanismo passou a ser um símbolo da cultura trash no final dos anos 1980; há quem diga que a famosa canção ‘Ilariê’ trata-se de uma saudação do capeta, levada há gerações para criancinhas brasileiras.

Em 1992, no álbum ‘Xou da Xuxa 7’, a faixa ‘Marquei um X’ fomentou ainda mais a lenda; em seu refrão, a loira canta “Marquei um xis, um xis, um xis no seu coração” — xis ao contrário é “six” (“seis”, em tradução do inglês), e repetido três vezes formaria o número da besta. Mais sinistro ainda era virando a canção “Doce Mel” ao contrário.

Há quem diga que as palavras formadas na canção intervida construíam versos do tipo “Parece que Exu não sai daqui” e “E sangue entra na boca como lanche”. Xuxa nega, afirmando que realmente se aterrorizou ao perceber a semelhança fonética, mas nunca teve a intenção de associar com os trabalhos.