Praça da Matriz vai ser palco da festa com diferentes atrações musicais e a tradicional praça da alimentação com variados pratos feitos com o pinhão
Celebrar a natureza, a tradição e a cultura local, ao som de boa música regional. É com esse propósito que a Estância Climática de Cunha realiza a 18ª Festa do Pinhão, de 20 de abril a 6 de maio, e no feriado de 1º de maio, sempre nos finais de semana.
Para este ano, a Secretaria Municipal de Turismo e Cultura da cidade do Vale do Paraíba, preparou uma extensa programação musical, com apresentações de artistas de variados estilos, como MPB, sertanejo, moda de viola, entre outros.
Mas o destaque é a valorização dos artistas da cidade e da região, a exemplo do cunhense Kleber Oliveira, que tem um programa de música caipira na TV Aparecida e levará seu show para o palco de Cunha no primeiro sábado do evento.
Para dar mais sabor à festa, serão montadas as tradicionais barracas conduzidas por quituteiras e produtores da região que oferecem diferentes pratos doces e salgados feitos com pinhão. Os visitantes poderão saborear caldinho, canjiquinha, farofa, bolos, truta e cordeiro com pinhão e muitas outras iguarias feitas com o produto.
Esses sabores típicos da cidade também estarão em destaque nos restaurantes, cujos chefs a cada ano inovam para oferecer pratos diferenciados com o produto nos cardápios.
Exposição e cultura do Pinhão
Paralelamente à festa, o Parque Estadual da Serra do Mar – Núcleo Cunha promove a 10ª Exposição Pinheiro Brasileiro, de 21 de abril ao dia 31 de julho. Na abertura da mostra, às 10 horas, haverá a premiação do Concurso de Redação, Frases e Desenhos, promovido nas escolas municipais da cidade; apresentações dos Violeiros de Cunha e do Grupo de Chorinho; atividades para crianças e degustação de pratos elaborados com pinhão.
O pinhão é o fruto da araucária, ou pinheiro brasileiro, uma das espécies mais antigas da flora brasileira. O amadurecimento do pinhão é entre os meses de março e abril e sua comercialização só é permitida a partir de 15 de abril de cada ano.
Essa data foi estabelecida em função da necessidade de preservação da espécie e também com a finalidade de garantir a alimentação da fauna silvestre existente nas regiões que apresentam incidência desse tipo de floresta nativa.
Em Cunha, a colheita do pinhão ocorre há muitos anos e representa um significativo incremento para a economia local e a geração de renda extra para os produtores rurais.
Sobre a cidade
Montanhas, vales, paisagem exuberante, sossego, gastronomia, artesanato. Isso e muito mais é o que o turista encontra na Estância Climática de Cunha, cidade que traz em suas ruas marcas da história do Brasil, com diversas construções antigas. Algumas delas tombadas pelo Patrimônio Histórico, incluindo a Igreja da Matriz, que foi construída em 1731 e está passando por restauração.
Essas evidências históricas remetem à época em que Cunha era rota dos tropeiros que percorriam a Estrada Real, levando o ouro de Minas Gerais até o porto de Paraty e de lá para o Rio de Janeiro e Portugal.
Outra herança tornou a cidade o maior polo da cerâmica de alta temperatura da América Latina. Isso porque, na década de 1970, ceramistas se instalaram na cidade, para desenvolver seus trabalhos utilizando fornos a lenha, que utilizam a técnica de queima chamada noborigama, e ao longo desses 40 anos formaram novas gerações de ceramistas e atraíram muitos artistas que empregam outras técnicas e estilos.
A estância oferece também diversas opções de turismo rural, que inclui fazendas de cultivo de cogumelo shitake e de truta, apiários, queijarias, pesqueiros e alambiques. A cerveja artesanal é outro produto que ganha espaço na cidade e é possível visitar as cervejarias e degustar a bebida.
Nos últimos anos, Cunha vem se destacando também com o plantio de lavanda, que atrai muitos turistas. Além da plantação propriamente dita é extraído o óleo da lavanda, com o qual se produz sabonetes, aromatizantes e outros itens derivados da matéria-prima.
Há ainda as belezas naturais que o lugar oferece, como as cachoeiras do Pimenta, do Desterro e do Barracão.
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Além da Pedra da Macela, que em seu pico, a 1.840 metros de altitude, é possível apreciar a paisagem deslumbrante que inclui Paraty, a baía da Ilha Grande e parte de Angra dos Reis e todas as montanhas e serras que ficam no entorno de Cunha.
Entre os destaques está o Parque Estadual da Serra do Mar – Núcleo Cunha, onde o visitante também pode se banhar em suas cachoeiras e percorrer suas trilhas guiadas por monitores. São três ao todo, cada uma com um grau de dificuldade.
Quem visitar a cidade pode escolher entre as mais de 60 pousadas para se hospedar, que oferecem diversificadas opções e níveis de acomodação e preço. Algumas delas estão entre a melhores da América do Sul, segundo avaliações de sites de viagem.
Como chegar
Cunha está a 230 km da capital paulista. O visitante deve seguir pela Rodovia Presidente Dutra (BR-116) até a Saída 65, em Guaratinguetá. A partir dali, seguir pela Rodovia Paulo Virgínio (SP-171) até Cunha.
Quem for de ônibus, também deve ir até Guaratinguetá. Na rodoviária há ônibus intermunicipal até Cunha. Os horários das partidas devem ser checados no local.
Para mais informações acesse: www.cunha.sp.gov.br.