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quinta-feira 7 novembro 2024
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Cunha encerra Festival de Inverno – Acordes na Serra com público de mais de 80 mil pessoas

Guarabira e Zé Geraldo levam seu rock rural ao penúltimo dia de evento, que também terá corrida noturna alusiva à Revolução de 1932
Depois de um mês de centenas de atrações gastronômicas, culturais e esportivas, chega ao fim a 25ª edição do Festival de Inverno – Acordes na Serra, tradicional evento realizado pela Estância Climática de Cunha. Para fechar a festa com chave de ouro, no sábado, dia 28, haverá o show Encontro de Gerações do Rock Rural com Guarabira, Zé Geraldo, Tavito e Tuia.
No mesmo dia, também ocorre a prova pedestre 1932 – I Corrida Noturna 28 de Julho – Tributo a Paulo Virgínio. Com largada na Praça da Matriz, o percurso urbano compreende 6 quilômetros e já foram inscritas 280 pessoas, que participarão correndo ou caminhando. Além de incentivar o esporte, a prova é uma homenagem a um dos heróis da cidade, que foi torturado e morto durante a Revolução Constitucionalista de 1932 e por isso também foi reverenciado no nome da rodovia que leva ao município.
Durante todo o mês de julho, os hotéis e pousadas da cidade registraram mais de 80% de ocupação. Nesse período, a cidade recebeu mais de 80 mil turistas e visitantes, que puderam contemplar as belezas naturais de Cunha e se deliciar com o clima frio, bem como com a qualidade artístico-musical e gastronômica do Acordes na Serra.
Para o festival, um palco especialmente montado na Praça da Matriz recebeu diferentes artistas e estilos em todos os fins de semana de julho. A programação variada preparada pela Secretaria de Turismo e Cultura de Cunha contou com shows de jazz, blues, folk, samba, pop rock, rock rural e MPB.
Entre os destaques estiveram os shows de Orgulho Caipira, grupo da cidade de Lagoinha; de Folk It All, interpretando sucessos do Creedence Clearwater; de Rodrigo Suricato, novo vocalista do Barão Vermelho com o show One Man Band; as apresentações de música de concerto pelo Quarteto de Cordas Pau Brasil, Madrigal Anhum e Coral VivaVoz; bem como as dos artistas locais, valorizados nessa edição do festival.
Outros destaques foram as barracas da praça de alimentação instalada próxima ao palco. Lá os turistas saborearam receitas preparadas com ingredientes produzidos em Cunha, como pinhão, truta, cordeiro, shitake e outros. Os restaurantes locais também contaram com cardápios especialmente elaborados para o inverno pelos chefs reconhecidos pela excelência e qualidade.

Sobre a cidade

Montanhas, vales, paisagem exuberante, sossego, gastronomia, artesanato. Isso e muito mais é o que o turista encontra na Estância Climática de Cunha, cidade que traz em suas ruas marcas da história do Brasil, com diversas construções antigas. Algumas delas tombadas pelo Patrimônio Histórico, incluindo a Igreja da Matriz, que foi construída em 1731 e está passando por restauração.

Essas evidências históricas remetem à época em que Cunha era rota dos tropeiros que percorriam a Estrada Real, levando o ouro de Minas Gerais até o porto de Paraty e de lá para o Rio de Janeiro e Portugal.

Outra herança tornou a cidade o maior polo da cerâmica de alta temperatura da América Latina. Isso porque, na década de 1970, ceramistas se instalaram na cidade, para desenvolver seus trabalhos utilizando fornos a lenha, que utilizam a técnica de queima chamada noborigama, e ao longo desses 40 anos formaram novas gerações de ceramistas e atraíram muitos artistas que empregam outras técnicas e estilos. Por conta dessa atuação, a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) aprovou o Projeto de Lei 7772/17, que confere a Cunha o título de Capital Nacional da Cerâmica.

A estância oferece também diversas opções de turismo rural, que inclui fazendas de cultivo de cogumelo shitake e de truta, apiários, queijarias, pesqueiros e alambiques. A cerveja artesanal é outro produto que ganha espaço na cidade e é possível visitar as cervejarias e degustar a bebida.

Nos últimos anos, Cunha vem se destacando também com o plantio de lavanda, que atrai muitos turistas. Além da plantação propriamente dita é extraído o óleo da lavanda, com o qual se produz sabonetes, aromatizantes e outros itens derivados da matéria-prima.

Há ainda as belezas naturais que o lugar oferece, como as cachoeiras do Pimenta, do Desterro e do Barracão. Além da Pedra da Macela, que em seu pico, a 1.840 metros de altitude, é possível apreciar a paisagem deslumbrante que inclui Paraty, a baía da Ilha Grande e parte de Angra dos Reis e todas as montanhas e serras que ficam no entorno de Cunha.

Entre os destaques estáo Parque Estadual da Serra do Mar – Núcleo Cunha, onde o visitante também pode se banhar em suas cachoeiras e percorrer suas trilhas guiadas por monitores. São três ao todo, cada uma com um grau de dificuldade.

Quem visitar a cidade pode escolher entre as cerca de 100 pousadas para se hospedar, que oferecem diversificadas opções e níveis de acomodação e preço. Algumas delas estão entre a melhores da América do Sul, segundo avaliações de sites de viagem.

25º Festival de Inverno – Acordes na Serra

Programação

27 de julho (sexta)
18 horas – Início de funcionamento da Praça de Alimentação
21h30 – Banda Vellim (Pop Rock)

28 de julho (sábado)
12 horas – Início de funcionamento da Praça de Alimentação
15 horas – Giliardi Fagundes e Banda (Artista Cunhense)
19 horas – 1932 – I Corrida Noturna 28 de Julho – Tributo a Paulo Virgínio (Largada da Praça da Matriz)
20h30 – Coro VivaVoz (Espaço Cultural Elias José Abdalla – Cinema)
22 horas – Encontro de Gerações do Rock Rural com Guarabira, Zé Geraldo, Tavito e Tuia

29 de julho (domingo)
12 horas – Início de funcionamento da Praça de Alimentação
15 horas – Esquadrilha do Samba (Artista Cunhense)
21h30 – Água de Mina (Pop Rock)

Confira a programação do 25ºFestival de Inverno – Acordes na Serra tambémem http://www.cunha.sp.gov.br/noticias/25o-festival-de-inverno-acordes-na-serra/