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sexta-feira 27 dezembro 2024
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Crueldade contra animais

• Orson Peter Carrara
A crueldade contra animais está também entre as situações que muito me constrangem. Embora igualmente me alimente ainda de carne animal, desde muito me dói o coração em ver as humilhações e sofrimentos que nós, humanos, ainda somos capazes de submeter os animais.
É triste verificar que muitas cidades estão contaminadas por este mal e ainda submeta os animais ao horrível espetáculo das conhecidas festas populares que os submetem a sofrimentos. Nada contra peões, nada contra manifestações populares de alegria e festa. Mas é cruel pensar nos sofrimentos impostos aos pobres animais, submetidos aos caprichos humanos.
Ainda que a alimentação de carne ainda seja uma necessidade física e até cultural, algumas pessoas já conseguiram dispensar o consumo desse produto alimentício e se declaram vegetarianos. Eu ainda não consegui, mas é lamentável o espetáculo desses eventos que maltratam animais.
O assunto é antigo, já gerou disputas judiciais, encontra gente pró e contra em todo lugar e legislação específica já foi concentrada para evitar tais ocorrências. Inclusive, por outro lado, tais festas são geradoras de recursos para muitas instituições. E muitos esforçados peões se entregam com afinco a tais realizações, gerando vibração e alegria em todo o público.
Mas, convenhamos, não é melhor rever isso. Nem digo proibir, pois que é uma festa popular, mas agirmos com mais coerência em tais eventos, dispensando e aí, proibindo sim, com fiscalização, qualquer método que sujeite os animais ao sofrimento e às crueldades por capricho humano.
Não sou especialista no assunto, não tenho experiência com animais e não sou crítico de quem a eles se dedica, mas quando vejo publicidade de tais eventos o coração entristece. Com tudo que já se sabe sobre o assunto, as imagens já mostradas pela internet, os argumentos apresentados pelas ONGs defensoras dos animais, já é hora para pensar no assunto com mais reflexão.
Os animais não são máquinas nem brinquedos de diversão. Eles sentem também. Sentem dor, saudade, gratidão. Ou o leitor discorda disso?
Também geram seus filhotes, possuem sangue que circula, possuem órgãos que funcionam iguais aos nossos e formam um universo de seres que auxiliam – e muito – a vida humana. Como sacrificá-los por capricho? Como submetê-los a crueldades?
Sugiro ao leitor interessado no assunto aprofundar-se mais na questão dos animais, sob o ponto de vista da alma dos animais. Entre eles, procure o livro “Gênese da Alma”, de Cairbar Schutel, para encontrar-se com exemplos, fatos e narrativas envolvendo animais e que bem dizem da realidade desses seres que também são filhos de Deus. Trazem consigo a tarefa de auxiliar as criaturas humanas, inclusive na alimentação, como tão comumente usada em todos os tempos. Todavia, submetê-los a crueldades aí a questão já é outra…
E pior é que não é apenas nas conhecidas festas populares que isto acontece, mas no cotidiano da vida humana, onde as mais diversas perversidades são praticadas contra esses indefesos seres…