Amo escrever e amo ler. E adoro ler ou escrever ouvindo música, aliás adoro ouvir música de qualidade (veja bem…, eu disse de qualidade) em qualquer momento e sempre digo em tom de brincadeira que uma das melhores invenções foi o fone de ouvido que me permite ouvir música em qualquer lugar sem incomodar alguém. Dá pra ouvir música no trabalho, na rua, na caminhada, na academia, no supermercado, na sala de espera de consultórios médicos, enfim…, gosto (e posso) ouvir música em qualquer lugar, em qualquer momento.
E, dias atrás, estava ouvindo música de olhos fechados, corpo relaxado, e era meu momento de descanso, aquele em que você espanta o stress, o cansaço mental (e até o cansaço físico), afasta energias negativas e descansa, relaxa, recarrega as baterias e se recompõe. Momento em que você conversa com você mesmo e com Deus e, nesse sublime momento, uma música me chamou a atenção. “Trem bala” da espetacular Ana Vilela. É lógico que já tinha ouvido essa música dezenas de vezes. Mas, desta vez, fiquei observando cuidadosamente a letra.
Nossa, a música da Ana Vilela é muito linda e verdadeira. A vida é muito rápida parceiro, não há tempo para desperdiçar com coisas fúteis. Temos um universo vasto e muito bonito e nosso tempo por aqui é muito curto e, no entanto, na grande maioria das vezes, tudo o que fazemos é passar por esse universo maravilhoso sem lhe dar a devida atenção, sem desfrutar da beleza e perfeição da natureza. Desperdiçamos nosso tempo, nossas energias, reclamando, brigando ou correndo atrás, na maioria das vezes, do inútil. É claro que precisamos do dinheiro, mas não precisamos acumular o que nem teremos tempo de desfrutar. Essa ambição exacerbada, que muitas vezes presenciamos, não permite valorizar o que deveria ser valorizado e assim seguimos atropelando tudo, até meio perdidos com o que vemos, perdidos com ambições, com a violência, com a falta de respeito e falta de amor, que acaba superando o que realmente importa.
Precisamos do dinheiro sim, para viver, ter conforto, segurança e tudo o mais, mas não há necessidade do acumulo em detrimento da moral, da ética, da honestidade e da felicidade. Precisamos de trabalhar, estudar, aprender, evoluir e ajudar outros quando podemos. E, se não podemos, fiquemos quieto e não compliquemos ainda mais o psicológico dos outros.
Devemos usar nosso precioso tempo com coisas úteis, importantes, mas, infelizmente, muitas vezes perdemos tempo com reclamações e lamentações, sem parar para ver a quantidade de coisas que temos para agradecer. E como diz a música da Ana Vilela…
”Por isso, eu prefiro ver sorrisos e os presentes que a vida trouxe pra perto de mim”.
Trecho fantástico dessa música maravilhosa. E ela continua assim…
”Não é sobre tudo que o seu dinheiro é capaz de comprar e sim sobre cada momento, sorriso a se compartilhar. Também não é sobre correr contra o tempo pra ter sempre mais porque quando menos se espera a vida já ficou pra trás”.
Não é demais? Trecho simplesmente lindo e muito verdadeiro.
E outra coisa, infelizmente, algumas pessoas valorizam apenas o passado como se só lá as coisas eram boas e existia felicidade. As coisas mudam, a vida muda, os momentos mudam, mas em cada momento de nossa vida existem coisas boas e felizes. Sim, existem também os contratempos, coisas erradas, coisas tristes, claro. Mas, a vida é assim e, na verdade, momentos ruins são oportunidades muito úteis para nos fazer evoluir e crescer. Devemos lembrar do passado sim, das coisas boas para nos abrir um sorriso, mas viver só o passado, esquecendo de viver o presente não é saudável. Pois, é esse mesmo presente que, um dia, vai se tornar passado e essa pessoa vai então valorizar o que não pode mais ser desfrutado.
Outras pessoas vivem sempre pensando no futuro, sempre esperando algo que ainda não tem. E quando conseguem o que quer…, não há mais valor, não há mais interesse, não mais traz felicidade e passam a esperar que outra coisa chegue para poderem ser felizes e assim segue…, sempre esperando algo para ser feliz. E nunca se completam, nunca são felizes.
Ah, o presente tem muita coisa boa sim. Pode até ter algo que não queríamos ou não ter algo que gostaríamos, mas e daí? Ainda assim tem muita felicidade e muito para agradecer.
Vamos viver o presente e celebrar a vida.