Olha, tai uma coisa do passado que gosto muito. Curti demais, e ainda curto, os discos de vinil, os chamados “bolachões”. Tenho um 3 em 1 da Sharp (ostentação pura do passado he he he he he), onde toco meus vinis. Muito rock, é claro. Está no manual que o aparelho não toca certos ritmos musicais que nem vou falar (se é que podemos chamar de ritmos musicais).
E, de vez em quando, escuto os meus rocks do passado e cada coisa boa, cada coisa boa…tenho uma coleção do U2, alguns do Pink Floyd, do Iron Maiden, dois do Led Zeppelin (é mole?), tem Ozzy Osborne, Kiss, Eric Clapton, Bom Jovi, Queen, Bruce Springsteen, Dire Straits, Peter Frampton, Scorpions, The Police e por aí vai, só coisa boa, só música de qualidade…ah, claro, tem rock nacional e as românticas também.
Sabe, é gostoso ver o bolachão rodopiando e, muitas vezes, ondulando ou, podemos dizer, subindo e descendo na delicada agulha. Era gostoso, mas dava uma raiva quando riscava e ficava repetindo, repetindo e repetindo apenas aquele trecho até que você ia lá fazer a agulha dar um pulinho pra frente, para que a música continuasse.
E a hora de trocar a agulha então? Oh, meu Deus do céu.
Ah, mas os bolachões eram e continuam sendo bons demais, trazem saudades de tempos maravilhosos, como as emocionantes e românticas “brincadeiras dançantes” nas casas de família, oh, como era bom. E quando vinha a música lenta? Grande oportunidade de dançar com a menina do sorriso doce e meigo.
E o vinil me faz lembrar, também, das domingueiras na Associação, o clube jovem. Difícil encontrar alguém em Taubaté que nunca tenha ido nas domingueiras da associação.
Ah, que saudades, oh coisa boa.
Nem sei quantos namoros comecei na domingueira, creio que foram alguns…
E imagine quantos casamentos não aconteceram como resultado das danças de rostinho colado? Tempo bom demais.
Pena que as domingueiras tiveram que acabar, suspensas, devido à brigas de quadrilhas de delinquentes que infestaram um local tão legal. Mas, tudo bem, a vida segue e o mundo vai adiante, mas coisas boas deixam saudades e ainda hoje, não abro mão dos meus vinis.
É claro que os CD´s levam certa vantagem, menores, mais fáceis de carregar, dava até para tocar no carro. E o mp3, então? Em um único pen-drive, você pode colocar, sei lá, talvez umas duas ou três mil músicas, dependendo da capacidade do pen-drive, claro.
Mas, as capas enormes dos bolachões faziam a diferença, né? Ah, coisa mais linda.
É lógico que tem quem não gosta do vinil, alguns são ferrenhos defensores dos CD`s e do MP3, que o diga Jô Soares que, em agosto de 2010, em uma entrevista com empresários produtores de vinil, criticou e muito o coitado do bolachão, mas respeitamos todas as opiniões, claro.
Mas, cá entre nós, adoro meus bolachões e não abro mão deles. Será que sou saudosista?
E por falar em saudosismo, o que dizer das fitas cassete? Ah, marcou época e me lembro de quando ficava prestando atenção na programação das rádios para poder gravar as músicas preferidas. Tinha que ser rápido para apertar o play e botão de gravar, bem no comecinho da música e rápido para parar no final dela, para evitar a voz do apresentador, senão, lá vinha trabalho para reposicionar a fita.
Me recordo que ficava muito feliz quando o filho da mãe do locutor falava no meio da música ou quando vinha a vinheta da rádio…kkkkk…engraçado demais lembrar disso agora.
E quem nunca usou uma caneta para enrolar a danada da fita cassete que enroscou e desenrolou dentro do toca fitas?
Olha, quer saber? Deu tanta saudade que vou colocar um LP para tocar, deu uma vontade danada de ouvir um bolachão do Led Zeppelin no meu 3 em 1, modelo anos 80…kkkkk