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sábado 21 dezembro 2024
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“Crônicas e Contos do Escritor” – Verão interminável!

E esse verão que não acaba mais? Vou, de novo, reclamar do calorão, todo ano reclamo.
Mais uma onda de calor, pra infernizar (essa foi boa) a gente. Aliás, agora dizem que é “bolha de calor” (afff).
Onda, bolha, El Nino, El Nina…, tantos nomes, tantas definições pra mesma coisa e seja o que for…, ninguém aguenta mais esse calor.
Nem o ventilador de teto está suportando, já está pedindo arrego.
A luta do ventilador contra o calor está que nem a luta do Bambam contra o Popó.

Impossível andar na rua, debaixo do solzão. Só de olhar pra rua já dá preguiça de sair e enfrentar o calorão.
Já cansei da roupa suada e colada no corpo e, sem contar o odor mais que desagradável, já gastei bastante em desodorante.

E, para piorar, tem o corpo cansado (e com moleza), aquele desânimo, a pressão que cai devido a dilatação das artérias pelo forte calor… Affff
Chegaaaa.
E, pior ainda, as terríveis tempestades nos finais de tarde, que causam enormes estragos materiais, enchentes que atrapalham a vida de todos e, o pior de tudo, perdas de vidas.
Haja sofrimento.

Não vou dizer que o verão é de todo ruim, claro, por mais incrível que pareça, também tem algumas coisas boas como aquele sorvete de milho verde ou coco, por exemplo. É bom pra se divertir em uma praia, piscina, cachoeira (cuidado que é sempre perigoso), excelente pra cerveja, ou chopp, no final da tarde, mas já deu, né?
O calor é bom pra se estar em uma sombra admirando o mar ou em um ambiente com ar condicionado, aí sim. Fora isso, chega de calor, chega de suor, chega de tomar banho e já sair suando do banheiro, apesar do banho frio, e chega de acordar de madrugada com a cama molhada de suor.

Quero meu inverno, meu friozinho gostoso.

Oh, saudades do chocolate quente, do café fumegante, da feijoada, da quirerinha e de dormir abraçadinho com meu amor (com esse calorão não dá).

Já estou com saudades do meu moletom e do meu edredom. Saudades de olhar, pela janela, a chuva fina e fria que cai preguiçosa. Aquela chuva que desperta a vontade de tomar um caldo quente ou comer pipoca e bolo de fubá assistindo a um bom filme.

Sim, claro, sinto pelos moradores de rua que, imagino eu, sofrem muito mais no inverno.
Estou com saudades do banho quente (sem suor) e de acordar e ver a neblina branca cobrindo tudo e até nos fazendo fantasiar sobre o livro (e filme) “O nevoeiro” de Stephen King.
Saudades de me esquentar ao sol degustando a laranja pokan (é assim que conheço, mas até onde sei, existem vários nomes pra ela).

Enfim, que termine logo o verão, que venha o Outono e depois…depois…o delicioso inverno.