Sim, sou de Taubaté, da gema e amo minha cidade. Já tomei água da bica do bugre, não tem mais jeito. Tomei o guaraná Joaninha, comi os doces e caramelos da Embaré. Vi as horas e ouvi o apito do relógio da CTI. Comprei figuras natalinas na Casa do Figureiro, visitei a feira da barganha e almocei no Mercato. Comi pastel e tomei caldo de cana no mercado Municipal.
Assisti jogos do Volei campeão e vi meu querido Esporte Clube Taubaté campeão, da então intermediária, em 1979. E nada melhor que se vestir de azul e branco e ir até o Joaquinzão.
É, tanta coisa…, nasci aqui, mas fiz minha faculdade em Lorena e depois de concluir o curso, fui me aventurar lá pelas bandas de Campinas e Americana, mas doze anos foram o suficiente e tratei de voltar correndo para a terrinha, para a minha Taubaté. E, por falar em Campinas, foi daqui que saiu um bandeirante, Francisco Barreto Leme, para fundar essa cidade.
Ah, Taubaté, Capital Nacional da Literatura Infantil e terra de Félix Guizard, Amácio Mazzaropi, Monteiro Lobato, Fego Camargo, Hebe Camargo, Cid Moreira, Celly Campello, Renato Teixeira, J. Robson J. (ha ha ha ha) e muitos outros famosos.
Mas, da grávida de Taubaté prefiro nem falar.
Ah, mas tem a Joana Castilho, a aviadora Joaninha, nascida em São Paulo e que morou e adotou a cidade de Taubaté. Foi homenageada no rótulo do famoso guaraná “Joaninha”, cujo nome também foi em sua homenagem.
Oh, terra da “Velhinha de Taubaté”, personagem do escritor e cronista Luiz Fernando Veríssimo que descrevia a personagem como a última pessoa no Brasil a acreditar no governo. Ah, meu Deus! Tadinha!
Terra onde se fala o tradicional “beldo”, o hilário “sumercado” e tantas outras características do povo Taubateano.
Mas, como bom Taubateano, já subi no morro do Alto São Pedro e conheci a estátua do Cristo Redentor, vi as cachoeiras Taubateanas e o bairro do sete voltas. Conheci as igrejas centenárias como Rosário, Santuário de Santa Teresinha, Catedral São Francisco das Chagas, construída em 1645, Convento Santa Clara, Nossa Senhora da Imaculada Conceição, só para citar algumas. E passei pela maravilhosa avenida do povo, avenida coberta, uma das poucas no Brasil. Tem outra em Gramado, Rio Grande do Sul.
Ah, essa minha cidade! Tem o sítio do pica pau amarelo, onde se vê a casa de Monteiro Lobato. Tem os antigos estúdios de Mazzaropi, hoje transformados em hotel e museu e, por falar em museus, temos em Taubaté uma fartura deles, graças a Deus. Pena pouco visitados.
Cidade de localização privilegiada, praticamente a meio caminho das capitais São Paulo e Rio de Janeiro, fácil de ir à praia ou à montanha, afinal, estamos pertinho das belas cidades de Ubatuba e Campos do Jordão e da, mais que simpática, Santo Antônio do Pinhal.
Aqui temos dois shoppings (olha só!) e duas rodoviárias, a velha e a nova. Óh, que chique.
E, só para informar, a rodoviária nova está perto de completar quarenta anos…e é nova…kkkk…oh, minha Taubaté que tanto amo.
É minha querida Taubaté…, sou da época da praça e da lanchonete da eletro e do famoso mercurinho. Saudades do cine Palas, onde assisti grandes clássicos como “Tubarão” e “King Kong”, entre outros, oh, tempo bom.
Sou da época das “Domingueiras da Associação” e dos campinhos de terra batida, hoje tão difíceis de encontrar. Ah, e que saudade dos belos bambuzais e daqueles maravilhosos charcos onde caçava rãs…e pergunto…onde estão elas agora? Acabaram?
Oh, Taubaté…terra onde dizem chove pouco e não é muito fria e nem tão quente (Nãaao???).
Terra das rotatórias e onde “dar seta” (ou sinalizar para onde vai virar) é raridade, oh, meu Deus e isso eu reclamo e muito.
Mas, ainda assim, amo minha cidade…sou Taubateano da gema e do coração.