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quinta-feira 26 dezembro 2024
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“Crônicas e Contos do Escritor” – Solzão amarelo

E o solzão continua forte, amarelo e queimando com gosto, oh, meu Deus do céu. Só de pensar em sair de casa, já dá preguiça. Santo Deus!

Sair no solzão é dor de cabeça na certa!

E agora com os dias sem chuva, parece que o calor aumentou. Oh, desespero, oh calorão insuportável, oh sufoco, não gosto. Só é bom quando vou tomar aquele banho gelado, aí sim, mas pouco adianta, logo depois do banho já estou suando de novo.

Bom, tenho que lembrar que o calorão é um verdadeiro convite para um sorvete de massa, de preferência milho verde, coco ou limão.

Convite também para uma praia, mas tem que estar na sombra de uma árvore ou de um quiosque, só guarda sol não resolve e nem pensar em ficar na areia escaldante ou deitado em uma toalha, ou esteira, com a buzanfa queimando ao sol, decididamente não é para mim.

Ah, uma piscina também vai bem, mas dentro da água e, de preferência, também na sombra, acompanhado da cerva gelada que desce aliviando a garganta.

E, dentro de casa ou no escritório, que falta faz o danado do ar condicionado, como é bom o “arzinho” gelado e refrescante, parece até que renova a gente.
Bom, na falta do ar condicionado, a santa invenção chamada ventilador quebra o galho e ajuda bem. Principalmente, aqueles de teto.

O problema é quando o danado resolve quebrar bem no meio do calorão.
Não podia quebrar em um dia frio de inverno? E para encontrar um técnico? E o tempo que leva para ele ir até sua casa resolver esse probleminha tão simples, né?
Enfim, sou daqueles que não tem o verão como estação preferida. Adoro o friozinho do inverno (até o sorvete vai bem).

Não dá pra dizer que o verão seja de todo ruim, tem suas coisas boas como o chopp gelado, a cerveja gelada, o sorvete, pode até ser picolé, tem o caldo de cana gelado (uma verdadeira desgraça para quem tem diabetes… há há há há) e também…e também…hummm, o que mais mesmo? O que mais mesmo? Podia apostar que o verão tinha mais pontos positivos, tinha certeza disso, o que era mesmo?

Bom, deixa pra lá.
Por outro lado, tem o lado ruim, aliás, muito ruim como, por exemplo, aquele suor nojento empapando as roupas (sem contar o cheirinho de desodorante vencido, né?), a pressão despenca e vem a moleza típica que nos acomete no começo da tarde, aquele sono inesperado no meio do horário de serviço e as noites em que nem o ventilador de teto da conta e o calor te faz ficar virando de um lado pra outro, molhando a cama inteira.
O verão já deu, já pode acabar, deixa agora para o final do ano, já está bom, né?

É mais fácil falar do inverno com seu café ou chocolate quente, o delicioso fondue acompanhado de um bom vinho de uva Cabernet Sauvignom, dos caldinhos (nossa, e como gosto dos caldinhos de cebola, quirerinha ou ervilha, oh, saudade deles, cadê o meu friozinho?) e as mais que deliciosas sopas quentes.
Ou então, aquele friozinho da noite, em boa companhia enrolado em um cobertor, assistindo um bom filme, acompanhado de um bom caldo quente, oh delícia, oh saudade.

E, se tiver aquele delicioso ventinho frio e a chuva fina batendo na vidraça e orquestrando no telhado, melhor ainda.
Bom, nesse momento não tem chuva batendo na vidraça nem o ventinho frio, o que tem lá fora é o solzão amarelo me esperando…

E lá vou eu, enfrentar esse solzão amarelo. Meu Deus do céu!