Então, terminou o primeiro turno da eleição e, com certeza, alguns questionamentos ficaram.
Lógico que a agilidade na contagem dos votos impressiona, mas… entre pesquisas de intenção de voto, eleição e apuração, ficaram algumas dúvidas incômodas.
A primeira é que eu queria saber porque a fila da seção 77, na zona eleitoral 407, parecia tão lenta? A impressão que tive é que todas as filas andavam, menos a minha. Será que em todas as filas, todo mundo achou isso? Sabe quando você pega um congestionamento na estrada e as filas ao seu lado andam e a sua não? Então…
Mas outra dúvida enorme, gigante, que eu tenho é com relação aos institutos de pesquisa. Como puderam errar tanto? (erro???) Cadê a metodologia? Onde está a lei das probabilidades? Onde estão as regras que regem a estatística?
Imagine, proporcionalmente, um médico errando assim? Imagine o estrago que causaria na saúde pública? Imagine um engenheiro civil construindo prédios com a margem de erro das pesquisas? Você moraria lá?
Imagine esse engenheiro construindo estradas, pontes, viadutos? Dá pra encarar?
Imagine uma indústria farmacêutica produzindo remédios com uma margem de erro desse tamanho? Imagine se em uma usina nuclear, se aceitaria erros como esses?
E porque nas pesquisas temos que aceitar erros desse tamanho?
Qualquer erro, pode ser danoso para um indivíduo, grupo, uma cidade, país, uma sociedade. Não se pode admitir erros desse porte. Não se pode aceitar e conviver com erros dessa magnitude. É mais que necessário que sejam investigados, que suas causas sejam identificadas, culpados responsabilizados (será que acha?) e o problema sanado (ai, ai, ai).
E, de qualquer maneira, esses institutos foram contratados, devidamente remunerados e o mínimo que se esperava era que fizessem a coisa certa.
O contratante deve questionar (ele vai questionar??? Ha ha ha) o porquê de tamanho erro e, assim como instituições que usam dinheiro público (o meu, o seu, o de todo mundo), deveriam repensar a contratação de empresas que produzem erros desse porte.
Uma empresa séria não contrata fornecedor sem que o mesmo atenda as exigências da empresa. E quais seriam as exigências? No caso das pesquisas, resultados dentro das margens normais de erro como, por exemplo, 2% para mais ou para menos que, aliás, são determinados pelas próprias instituições de pesquisa.
Com relação à eleição propriamente dita, parece que transcorreu relativamente bem e tranquila. Com exceção da minha fila que não andava. Impressionante!
Fui votar por volta das 12h00 e desisti. Fiquei 20 minutos na fila e não avancei um passo. Desisti! Fui para casa, descansei um pouco e voltei para votar, por volta das 15h00, acompanhado de um bom livro para afastar o tédio. Dessa vez consegui. U-hu!!!
Bom, vamos para as apurações. Muito rápida e eficiente (Oi??????) (Haaaaã?????).
Mas deixou um gostinho estranho na boca.
Mas, quem sou eu para colocar em cheque a “eficiência” das urnas eletrônicas?
O STF e o TSE já disseram que estão ok. Ponto. Como questionar?
Sou um mero eleitor, apenas cumpridor de suas obrigações e leigo em urnas eletrônicas e suas “insuspeitas” tecnologias (ha ha ha).
Só penso em “conspirações” porque sou escritor e adoro uma boa história de mistério.
E haja mistério!!! Mas, até já ouvi falar uma frase bem interessante, e você também já ouviu, que diz o seguinte:
“Há mais mistérios entre o céu e a Terra do que possa imaginar nossa vã filosofia”.
Não me pergunte o autor, parece que foi um tal de William Shakespeare, não sei.
Só sei que não fui eu.
Então, pedindo permissão e fazendo uso da frase de Shakespeare, posso dizer que:
Há mais mistérios nos circuitos eletrônicos da nossa urna eletrônica do que pode imaginar meus inertes e simplórios neurônios. Portanto, que cada um tire suas conclusões.
Oh, meu Deus do céu. Tudo muito complicado.