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segunda-feira 25 novembro 2024
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“Crônicas e Contos do Escritor” – Os palhaços e a energia elétrica

De noite falta água e de dia falta energia elétrica.
Não estou me referindo à letra de samba, não. Por mais absurdo que pareça, é isso mesmo e vou citar apenas um bairro onde aconteceu, mas será que foi só lá?
No bairro, Parque das Flores – Taubaté, na semana passada foi assim. Quinta a noite (11/03) faltou água e de manhã, logo às 6h40 da sexta -12/03, acabou a energia.
E isso está sempre acontecendo, mas calma, tem dia que inverte, ufa. Que alívio, né?
E não é só no Parque das Flores não, tem muito lugar acontecendo isso.
Ah, também, estamos nos anos 1950, né? Por isso que falta tanta água e energia. É compreensível. Temos certeza que no futuro, lá pelos anos 2021, vai melhorar, afinal lá na frente, nesse esperado futuro, vai haver muita tecnologia, investimentos e interesse público em resolver os problemas.
Hã? Não estamos nos anos de 1950? Ué?
Parece piada, mas é verdade.
Só nesse ano, já faltou água, sei lá, acho que umas dez vezes, faça-me o favor!
Entendemos que sempre há necessidade de se fazer manutenções corretivas, mas o excesso dessas manutenções vem da falta das preventivas, da falta de investimentos para, por exemplo, trocar equipamentos velhos e obsoletos, trocar tubulações velhas (veja o caso do enorme buraco que surgiu perto do estádio do Taubaté) e por aí vai.
E, para piorar, na maioria das vezes, a água volta imunda, sujando e contaminando tudo.
Como lavar uma roupa, louça ou tomar banho com essa água? Como colocar no filtro? Cozinhar?
Santo Deus! Até quando?
E a energia elétrica então?
Basta um cachorro fazer xixi no poste que já é suficiente para “explodir” o transformador. É isso mesmo? Por isso que acaba a energia? E quando você liga lá, a previsão de conserto é sempre de seis a sete horas. Fácil, né? Simples assim?
E quando alguém depende de concentrador de oxigênio, à base de eletricidade, para poder respirar? Como eu mesmo fiquei, assim como meu pai de 95 anos, o que fazer?
Ah, mas espera aí, para de chorar, providencia cilindros de oxigênio. Legal, e o custo disso? E o medo de demorar demais para voltar a energia elétrica e o cilindro de oxigênio acabar? E aí?
E eu citei apenas um exemplo (entre tantos) do desespero de ficar sem energia, mas sabemos que há muitos outros motivos para nos desesperar de ficar sem energia elétrica. Não dá para ficar assim. Algo tem que ser feito para resolver esses problemas recorrentes de falta de energia.
Ah, mas a gente reclama demais, vai ver que alguém espirrou perto do poste, aí justifica a explosão, e justifica também nos deixar no escuro por horas e horas, né?
Ah, mas foi só um espirro?
Olha gente, tem que compreender, um espirro é muito perigoso nessa época de pandemia. Ainda mais, que tá cheio de ignorantes (ou seriam imbecis?) que insistem em não usar máscara. E o transformador sente o perigo e…explode, simples assim. Entendeu, né? Hummmm…
Mas, o que acontece? Falta tecnologia? Investimento? Com esse preço que pagamos pela energia?
Até me lembro da fala de um jornalista, que era correspondente em Nova Iorque de um determinado canal de TV. Ele comentou que morara quase cinco anos naquela cidade e, durante esse período, nunca houve falta de energia no apartamento em que morava. Nunca!
Então, porque aqui estamos acostumados (e aceitamos passivamente) as faltas constantes de energia? O que acontece?
Não dá mais. Está mais do que na hora de arrumar o problema, seja ele qual for.
Olha, o que acham da gente cobrar os morcegões? Ué? Não querem governar o reino animal?
Aliás, estou começando a desconfiar que, no reino animal, também existem palhaços.
Olha nós aí.