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quarta-feira 27 novembro 2024
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“Crônicas e Contos do Escritor” – Olimpíada 2020, em 2021

E finalmente chegou a olimpíada 2020, no ano de 2021, apenas mais um dos efeitos dessa pandemia terrível, insana e maldita.
Mas, lá vamos nós para a olimpíada e, mais uma vez, vemos com tristeza nossos atletas guerreiros sucumbirem diante dos maiores investimentos de outros países.
O que acontece? O Brasil não produz grandes atletas? Sim, produz. Com certeza. Mas, o problema é a falta de investimentos e seriedade por parte de governantes e, porque não perguntar, onde está a iniciativa privada que não apoia nossos atletas? Temos até alguns exemplos, mas são poucos, esparsos e, algumas vezes, baixos patrocínios.
Alegam que estamos em tempos de pandemia, crise, caixa baixo, enfim…e os recursos são poucos. Mas, e nas olimpíadas que não tínhamos pandemia? Sei, sei…
E olha, tem outra coisa, na hora de patrocinar realities shows…não há crise, não há pandemia, o caixa não está baixo e há recursos sobrando, né? NÉ?

Ah, mas esse ano, boa parte dos atletas tiveram incentivos do governo federal, é verdade. Parabéns! Porém, o incentivo foi no ano passado, esse ano, muito pouco. Teria que ter começado lá atrás, quando esses guerreiros estavam iniciando seus passos no esporte e precisavam de apoio efetivo.
Mas, o que aconteceu há quinze, vinte anos atrás? O que sempre acontece.
E todos nós sabemos e, o que é pior, aceitamos.

Tivessem esses guerreiros recebido o apoio merecido e o apoio que os atletas lá de fora recebem e, com certeza, teríamos enxurrada de medalhas. Mas…

Mas, porque governantes, municipais, estaduais ou federais, não investem no esporte?
Hã? Investir no esporte? Você tá louco? Isso dá frutos nas eleições? Isso rende lucros pessoais? Claro que não…, então vamos investir, por exemplo, em obras, claro. E toma superfaturamento, corrupção, caixas dois e tudo aquilo que nós, brasileiros, nos acostumamos a ouvir, conhecer. E já vimos tanto disso que se tornou comum.
Oi? Comum? Roubar, desviar, superfaturar?

E assim segue nosso querido Brasil, um país de dimensões continentais, mas miúdo quando se trata de qualquer coisa que vamos analisar nossa eficiência. Observe só…dá pra se orgulhar da nossa saúde, nossa segurança, nossa educação? Nosso esporte? E…tantas outras coisas.

Mas, dê pão e circo que tá tudo bem. Para que dar trabalho? Para que dar condições de trabalho? Isso não rende votos… ah, mas esquece isso, dê pão e circo e tá tudo bem. Né?
E, é nesse meio, nesses absurdos, que vemos surgir estrelas como Ítalo, primeiro campeão olímpico do surf. Histórico! Sensacional! Parabéns Ítalo!

E, mais sensacional ainda foi aquela princesa, Rayssa, a fadinha do skate que nos presenteou de forma sensacional com a prata.
Parabéns criança, parabéns guerreira, parabéns sensação do skate mundial que, mesmo sem o apoio devido de nossos governantes, brilhou. Obrigado!

E parabéns ao Kelvin Koefler, também no skate. Parabéns ao Daniel Cargnin, bronze no judô. E, parabéns ao Fernando Scheffer pelo bronze na natação.

E parabéns a todos os outros guerreiros que lutaram bravamente, foram ao limite de suas forças para tentar trazer uma medalha para o Brasil, mas não conseguiram…

Tenho que falar também sobre o Medina, estrela mundial do surf. Não entendo da pontuação desse esporte, mas no visual, de leigo que sou, Gabriel merecia ter vencido. Para mim, avaliação, no mínimo, estranha dos jurados. Sei lá, viu. Obrigado Medina, você é show.
Até o momento em que escrevo (Quarta-feira-28/07), apenas cinco medalhas e ainda vejo no noticiário que tivemos o melhor início de olimpíada da história.
Minha Nossa Senhora.