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sábado 21 dezembro 2024
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“Crônicas e Contos do Escritor” – Olha o friozinho e a gripe aí!

Ah, e esse frio? Que delícia! É claro que podia esfriar um pouco mais, mas já dá pra sentir o gostinho da baixa temperatura. Já tomei chocolate quente, comi pão de queijo quentinho que, no frio, é maravilhoso. Tomei caldinho de quirerinha, de feijão e também de canja de galinha, mas ainda falta o de cebola e o de ervilhas. Ah, e o frio pede uma gemada, né? Já tomei também, me lembra meus tempos de criança quando pegava os ovos lá no galinheiro e o leite era aquele puro que o padeiro deixava em uma garrafa de vidro no portão e ninguém pegava.
É claro que na gemada vai uma pitada de canela, outra de manteiga e outra de mel. Oh, coisa boa. Ferve o leite, acrescenta tudo e toma bem quente. O friozinho pede isso.

Já tirei o edredon do armário (calma gente, não é o que estão pensando, coitado do meu edredon, ele só estava inocentemente guardado esperando a chegada do frio).

Já levantei enrolado no cobertor saboreando uma caneca de café fumegante “temperado” com uma boa porção de manteiga. Pena que minha casa não fica de frente para uma serra, seja a da Mantiqueira ou a do mar, e também não tem uma bela e misteriosa mata, daquelas que trazem inspiração para os contos de terror sobrenatural. Mas, vou resolver isso, já estou planejando passar uma ou duas noites no sítio em Santo Antônio e lá, tenho que reconhecer, o frio é absurdo, ou melhor, maravilhoso, com direito, inclusive, a neblina densa nas manhãs. Lá a inspiração para meus contos de terror é certa.

Já tirei casacos e moleton do armário também. Estavam com um cheirinho levemente desagradável, cheirinho de coisa guardada, mas nada que a minha querida amiga máquina de lavar não pudesse resolver.
Ainda não cheguei ao ponto de usar luvas e gorro, lá no sítio, com certeza, usarei.

Ah, é claro que não perdi as tradicionais e agradáveis festas juninas, simplesmente as adoro e também as julinas, claro. E nas festas tive direito a bolinho caipira (maravilhoso), pastel e lanche de linguiça (outra paixão, só não pode ter pimentão, pelo amor de Deus, né?) com bastante cebola e só um pouquinho de tomate para não estragar o sabor. Ah, e teve pescaria e bingo também com seus prêmios sempre muito úteis…KKKKKKKK.

E adoro a fogueira e as tradicionais músicas de quadrilha. Festa junina ou julina tem que ter música de quadrilha, certo? Por favor, não estraguem a tradição.

E, aos poucos, vou curtindo o meu inverno que amo tanto. Chega daquele calorzão insuportável, de ficar suando, melado, roupas agarrando no corpo, preguiça, cansaço, pressão baixa, ah, credo. Chega de tomar sorvete e banho gelado. Ah, mas disso sinto falta.

Mas, ainda estão faltando duas coisas características do inverno, uma delas só depende de mim que é o foundue que gosto tanto e ainda não degustei nesse inverno, mas pretendo fazer em breve, em um final de semana qualquer de julho.

A outra tradição de inverno que está faltando e que não depende de mim, infelizmente, é a neblina. Adoro levantar, olhar pela janela da sala da minha casa e ver a rua toda branca.
Mas, sei que vou ter minha adorável neblina lá no sítio.

Hummm, quase me esqueço…, tem outra tradição do inverno que até já deu a sua cara. A maravilhosa e deliciosa gripe. Oh, delícia a dor no corpo, o cansaço, mal-estar no corpo, a garganta arranhando, a tosse, nariz escorrendo ou tampado ou, em algumas vezes, não sei como, ainda ocorre os dois. Escorrendo e entupido. Como assim? Não sei!
Ah, é muito bom aquela dor de cabeça tão simpática e os espirros constantes então? Aqueles que parecem que vão arrancar o seu nariz ou fazer a pobre cabeça explodir. Oh, delícia. Sem contar quando dói até os dentes ou a gengiva sei lá, só por Deus.

Ainda não entendi, tenho pavor de injeção, sofri para tomar a danada da vacina da gripe e para quê? Peguei gripe do mesmo jeito.
E ainda tem gente que, como eu, gosta do frio…KKKKKKKK