Sou daqueles que gostam de levantar cedo, 06h está ótimo para mim e, normalmente, acordo alguns minutos antes do celular despertar (antigamente era o rádio relógio e, mais antigamente ainda, era aquele despertador que dava vontade de jogar pela janela. Toda manhã um susto). Levanto cedo e, consequentemente, gosto de dormir cedo. Não tem jeito, o sono começa a chegar às 21h e atinge o auge às 22h. Nesse momento, grita para que eu vá dormir o mais rápido possível e, depois disso, os olhos passam a ter vida própria, fogem ao meu controle, e se fecham sozinhos, contra a minha vontade.
Mas, olha que interessante, quando estou escrevendo, esqueço do mundo a minha volta, nada vejo além da tela do computador e nada ouço, apenas aquela doce melodia tocando no aplicativo de música. Esqueço do tempo, me empolgo, viajo e escrevo compulsivamente. Então, a noite se torna uma criança. Por exemplo, agora, nesse momento, 21h50 de uma segunda-feira fria e quieta, comecei a escrever meu artigo da semana. O tema que pretendia escrever era outro, mas quando percebi meus olhos ficando pesados, fechando sozinhos, decidi que escreveria sobre o sono mesmo. Meio que por encanto, despertei, então, vamos lá.
Sei que a hora que for dormir, não importa qual seja, não terei problemas e logo estarei entrando naquele delicioso estado de semiconsciência para, em seguida, me entregar aos braços de sei lá quem ou o que. Dizem que é nos braços do Morfeu…confesso que não gosto muito dessa ideia não. Sei lá, podia ter alguma coisa mais doce, mais meiga não acha?
Dormir é uma grande viagem, segundo os espíritas é a hora que o espírito aproveita para dar uma escapada, uma passeada, visitar lugares conhecidos ou não, encontrar pessoas queridas (ou nem tão queridas assim), bater um papo, aprender, evoluir, se divertir, enfim…
Sei que sou um felizardo e agradeço a Deus pela minha facilidade de dormir. Basta deitar, fechar os olhos e, quase que instantaneamente, apago. Minha doce e saudosa mãezinha dizia que é consciência leve. Como, para mim, ela tinha razão em tudo, era a mais sábia das pessoas, acredito totalmente nisso.
É claro que levanto duas ou três vezes por noite para aquele xixizinho básico, mas levanto quase como um sonambulo, tateando pelas paredes, com os olhos fechados e quando volto para a cama, às vezes mal lembro como voltei. É deitar e apagar de novo. Obrigado meu Deus.
É claro que, vez ou outra, surge aquela coisa chata da insônia e toca ficar virando para lá e para cá. De manhã, vejo o lençol completamente removido do amigo colchão, mas isso é muito raro. Ainda bem, porque é terrível ficar uma noite, ou parte de uma noite, em claro.
A noite passa, a madrugada avança, a temperatura cai, o friozinho aumenta e puxo aquele edredom macio e quentinho mais para perto do rosto (e se for o cobertor de orelha, fica muito melhor). Aquecido, durmo mais gostoso ainda.
A madrugada avança e vai chegando de mansinho o amanhecer e pouco antes das seis da manhã, acordo, desligo o celular e com esse friozinho me recuso a levantar, sempre acho que dá para dormir mais um pouquinho, mas depois de alguma briga, entendo que não dá para adiar, a hora de levantar chegou. Como sempre penso, se tiver que levantar, tem que levantar de uma vez, não dá para ficar enrolando. Ah, dias atrás em uma reportagem da TV, ouvi alguém dar uma boca dica. “Os boletos são grandes incentivadores. Basta olhar para eles que surge uma vontade enorme de levantar e começar a trabalhar logo”. Ha ha ha ha
Aí vem a tradicional rotina das manhãs, xixi, lavar as mãos, lavar o rosto (alguns tomam banho, mas, para mim, no inverno, banho só no final da tarde), escovar os dentes, algumas vezes, nem sempre, fazer a barba e se admirar no espelho, aliás, uma coisa que gosto, afinal, sempre tem um cara sorridente e legal lá no espelho. Aí vem um café quentinho, ou um cappuccino, e um irresistível pão de forma com ovo frito ou apenas ovos mexidos. Adoro. E se tiver alguns pãezinhos de queijo recheados com requeijão ou queijo derretido, ou bolo de fubá com uma boa camada de geleia (Diet, é claro), putz, bom demais.
Bom, como disse, é só começar a escrever que desligo. Olho as horas e já são 22h45.
Está na hora de dormir e se entregar aos braços da morfeia (melhor assim, né?).