No final de semana que passou, o céu azulzíssimo, o sol amarelo brilhando e o calor gostoso eram um convite para o final de semana na praia.
Oh, saudade de Ubatuba, do delicioso cheiro salgado do mar, da beleza e agitação da praia Grande, da tranquilidade da Enseada e Santa Rita, saudade da prazerosa praia do Estaleiro, do romantismo da praia Dura (adoro essa praia) ou da sofisticação da praia da Almada.
Citei algumas, das muitas lindas praias de Ubatuba que, aliás, tem a impressionante quantidade de mais de 100 praias (É o que dizem, juro que nunca contei!).
Saudade da porção de ostras, porção de peixe e camarão em frente ao mar, saudade da cadeira de praia e pé na areia, saudade de tomar aquela cerveja gelada olhando para o mar infindo, escutando o barulho das ondas e sentindo o cheiro da maresia.
E, fala a verdade, como é bom abrir o cooler cheio de gelo picado e latas de cerveja.
Saudade de caminhar no calçadão do Itaguá e saudade do mercado de peixe.
Oh, saudade do churrasco no fim de tarde, com a família, sentindo o cheiro salgado que a brisa marítima traz. Ah, meu Deus! Mas, temos a pandemia, né? Então? É melhor não arriscar.
Tenho pais idosos, também sou do grupo de risco por causa daquele danado do açúcar em excesso. Isso que dá, tá vendo? Come mais doce e chocolate, eita.
Bom, enfim, não dá ainda pra arriscar a se meter na muvuca do litoral, então, vamos fazer um passeio mais seguro pra curtir o sol e o céu azul.
E lá fomos nós pegar a Rodovia Floriano Rodrigues Pinheiro. A ideia era entrar em Santo Antônio, atravessar a cidade e pegar a estrada em direção à São Bento do Sapucaí e, quiçá, encontrar algum canto na natureza para fazer um piquenique e relaxar os velhinhos (e todos nós) com segurança, longe de muvuca e da COVID-19.
Bom, lá fomos nós e, pelo caminho, conforme passava por bares e restaurantes, fui surpreendido pela quantidade de carros e pessoas em suas frentes, em seus estacionamentos e nas ruas próximas e me perguntei se todo mundo já havia sido vacinado? Bom, talvez já tenha acabado a pandemia e ninguém me avisou (e eu doido para ir à Ubatuba).
Ou, talvez estivesse em outro planeta, seria Zybellium? Bom, quem sabe, sei lá, o pessoal realmente não está nem aí pra pandemia? Impressionante. Corajosos ou loucos?
Certamente, muitos daqueles bares e restaurantes cumprem os protocolos de segurança, mas, ainda assim, fiquei realmente impressionado com a quantidade de gente desesperada (talvez como nós mesmos) em sair de casa. Acho que ninguém aguenta mais essa quarentena maluca.
É bom para os negócios, é bom para o emprego, é bom para a economia, sim, sem dúvida, só que tem uma coisa, vi muita gente sem máscara, em aglomeração, com crianças e idosos e pensei o seguinte…, estamos vivenciando uma flexibilização do comércio, mas temos que ser responsáveis, senão, daqui a pouco fecha tudo de novo. E, além disso, essa porcaria de vírus mata. Não dá para abusar e mesmo que não mate, quem sente os sintomas e tem que ir para o hospital e ser, por exemplo, entubado, pode ter certeza que o sofrimento será grande.
Claro, sabemos que a porcentagem daqueles que morrem ou sentem os sintomas é pequena, porém existe. E, até onde sei, não dá para ter 100% de certeza em quem a porcaria do vírus vai provocar sintomas graves. Não quero correr esses riscos.
Essa droga de vírus já levou muita gente e provocou muita dor e sofrimento. Dizem que a maioria são idosos ou aqueles que tem a tal das comorbidades (aliás, nunca tinha ouvido esse termo), porém, já matou pessoas jovens e aparentemente saudáveis. Não dá para abusar.
Bom, melhor mesmo é ficar em um local tranquilo, longe das muvucas, em contato com a natureza e, teoricamente, protegidos desse vírus terrível.
E viva essa idílica e antiga atividade, o piquenique!
“Crônicas e Contos do Escritor” – O piquenique
set 03, 2020RedaçãoCrônicas e Contos do EscritorComentários desativados em “Crônicas e Contos do Escritor” – O piqueniqueLike
Previous PostColuna Espírita - Responsabilidade nossa
Next PostPlano de Ação para a Educação Ambiental na Bacia do Rio Paraíba do Sul é tema de reunião