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terça-feira 26 novembro 2024
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“Crônicas e Contos do Escritor” – O calor e as baratas

Eita calor danado, horrível. Nos deixa cansados, corpo mole, ensopados de suor e etc…
Não posso dizer que é de todo ruim, até é bom para uma cerveja (ou várias), para uma praia, uma piscina ou ainda curtir aquele sol maravilhoso em uma confortável sombra, de preferência com o ar condicionado ligado, aí sim.
Agora, como gostar desse calor dentro de um carro sem ar condicionado, ou trabalhando no sol? Já parou para pensar em todos aqueles que trabalham, de uma maneira ou outra, sob o sol escaldante? Ai, Jesus.
Prefiro um milhão de vezes o friozinho. Aquele romântico, relaxante, gostoso para dormir e perfeito para um caldo quente, um café, um chocolate quente, um vinho e uma excelente companhia, é claro. E sem contar que a cerveja vai bem no frio também ha ha ha ha
E, para piorar, bastou esquentar o tempo (e o verão nem chegou) para a desgraça da barata dar as caras. E, caramba, o bichinho é nojento e detestável, né?
Até hoje não encontrei quem a defendesse, acho que não existe esse alguém, a não ser aquele outro bichinho, apavorante, chamado escorpião. Não sei como, mas eles gostam de baratas. Comem cru (barata sushi? Eca!!!). Barata é o prato predileto deles e me pergunto se não conhecem um bom ovo frito? Muitíssimo melhor, sem comparação.
E nada mais irritante que encontrar esse bicho em casa. E a danada tem uma agilidade e tanto, quem nunca tomou um belo drible de uma barata? No melhor estilo Ronaldinho Gaúcho.
E quando vem pra cima da gente, então? Parece querer nos atacar. Será que sabe do nosso desespero de ver aquela coisa horrorosa vindo pra cima? Sabemos que o bicho não morde, não pica, mas sabemos, também, que esses insetos horripilantes são vetores mecânicos de diversos patógenos como bactérias, fungos, vermes, vírus (já não basta o mosquito da dengue e o coronavírus?) e são responsáveis pela transmissão de várias doenças, através das patas e fezes que deixam por onde passam, sem contar que nos provoca certo desespero, asco, sei lá.
E só de pensar naquelas perninhas ásperas, argh, que desespero. Sei que são ásperas porque um monstro desse passeou, rapidamente, por cima de meu braço.
Fiquei pensando naquilo durante três meses, ou seja, quanto mais longe desse bicho, melhor.
Certa vez, encontrei uma delas “morta” no quintal. Com as perninhas meio encolhidas e virada com a barriga pra cima. Morta, sem dúvida – pensei.
Peguei um pedaço de papel higiênico e fui pegar o bicho pelas pernas pra jogar no lixo e, quando toquei nela, a desgraçada tremeu inteiro e tentou subir pelo papel. Eu dei um pulo e agradeci a Deus por não estar com o intestino solto, senão teria me borrado todo.
Meu filho precisou sentar de tanto que ria.
Bicho desgraçado, parece que não morre nunca. Já deu uma boa chinelada em uma e a viu se tremendo toda sem morrer? Você dá outra chinelada e, ainda assim, tem uma perna tremendo. Oh, meu Deus do céu! Sem contar a sujeira no piso e na sola do chinelo, eca!
E sei lá se é uma variação ou não, mas tem algumas baratas voadoras, seriam mutantes? Geneticamente alteradas? Alienígenas? Sei lá!
E as danadas tem uma impressionante capacidade de nos atacar, dão voos diretos na gente.
Já pensou uma dessas grudada no cabelo? No meu caso, grudada na careca, só por Deus!
Sabe que sempre associei o inseto gigante do livro “A metamorfose”, do escritor Tcheco Franz Kafka, com uma barata? Para mim, o inseto sempre teve tudo a ver com uma barata gigante, bom, na verdade, na novela de Kafka, o personagem Gregor Samsa, que se se metamorfoseou no tal inseto gigante, na verdade, não oferecia riscos à ninguém.
Bom voltando a barata, de qualquer maneira, quando vejo uma delas, a primeira coisa que penso é qual a utilidade dessa praga? Será que tem? Duvido!
Argh, detesto baratas!