Juro que não é palavrão, chamamos de metonímia quando uma figura de linguagem substitui o nome do objeto por outro nome ou, simplificando, quando uma marca vira sinônimo de um produto e um dos mais famosos exemplos de metonímias, é a Gillette. Quem é que vai ao mercado pedir lâmina de Barbear? Hummm? Lâmina o quê?
A isso se dá o nome de metonímia. Entre outras definições, é a substituição de um nome pelo outro desde que haja alguma semelhança entre eles. Ou seja, você substitui qualquer nome de lâmina de barbear por Gillette.
Bom para o produto? Bom para a empresa? Ruim? Sei lá, vou deixar isso para os especialistas em marketing, ok? Não é o meu caso, sou só um simples escritor.
Outro interessante, o Miojo, que saiu na coluna, “Crônicas e contos do Escritor”, do dia 14/05/20, no Diário de Taubaté. Você leu? Entra no site do Jornal que você encontra a coluna.
Então, como estava dizendo o Miojo, acabou se tornando o nome para macarrão instantâneo. Não adianta, é muito difícil alguém se referir à macarrão instantâneo…já “tasca” logo o Miojo mesmo. Aliás, alguém lá no meu passado, chamava o delicioso macarrãozinho de “Ki-nojo”, ou ainda, “Gororoba”. E daí? Deixa falar, o negócio é gostoso e fácil de fazer.
Ah, tem outra legal, quer ver? O danado do produto lácteo que todo mundo conhece por? por? Danone e pronto. Tem o Sucrilhos, cereais em flocos, e alguém chama de cereal? É Sucrilhos mesmo e olha, quem não tomou, pelo menos uma vez na vida, o danado do leite em pó? E pede como? Leite Ninho. E tá cheio de outras marcas de leite em pó, aliás famosas.
E por falar em leite, qual é o leite condensado? Moça, claro. Alguém pede diferente? Duvido.
Ah, e tem o melhor, Catupiry. Sabe aquela pizza de catupiry que você pede? Ela vem com requeijão cremoso, mas não necessariamente com Catupiry, que é a marca. Existem outras marcas de requeijão cremoso.
Vixi, entreguei um dos segredos das pizzarias, hahaha.
Que pão Pullman o quê? É pão de forma, mas quem fala assim? Ah, tem Yakult, essa é muito boa. Todo mundo já tomou, pelo menos umazinha, daquelas garrafinhas, eita, mas espera aí, você pode até estar tomando uma garrafinha de leite fermentado, mas será que é Yakult?
Ah, que delícia mascar um chiclete, mas pode ser apenas uma goma de mascar, não chiclete.
E o tal do Amido de Milho que todo mundo conhece por Maisena? Amido o quê? Affff.
Bom, antes que você diga que gordinho só pensa em comida, vamos lá…onde você coloca sua bebida para gelar (por favor, não é comida…Hahaha) e leva na praia? Na famosa caixa de isopor que a gente deveria se referir como Poliestireno expandido, óh que chique!
Tem o Super bonder, tem o Durex, lembra dele? E, olhaaaa…tem as mil e uma utilidades, lembra? A danada da lã de aço, ou esponja de aço, que todo mundo chama de Bombril.
Se machucou? Ah, tranquilo, bota aí um curativo adesivo. O que é isso mãe? Olha bota um band-aid e tá tudo certo. Ah, ok.
E se estiver com a orelha suja (eca) pega logo uma haste flexível, ou, se preferir, uma cotonete pra ficar mais fácil, né? E pra dizer que a gente não é chique, já andou (é assim que se fala?) de moto aquática? Não? Mas de Jet-Ski já, certo?
Ah, tem o modess, mas vixi, esse não é minha praia, ok? Vou pular.
Olha, essa agora que ótima!
Você já usou um fecho éclair? Deve ser Francês, sei lá. Japonês ou Russo, não é.
Mas, no Português do cotidiano a gente fala Zíper mesmo. Gostou, né?
Deixei por último uma que não só se tornou o sinônimo do produto como virou até verbo, isso mesmo, virou um verbo transitivo direto. Xerox, que usamos para definir as fotocópias.
E usando o verbo…vamos xerocar?
Então, vai pensando aí as Metonímias que conhece…ha ha ha.
“Crônicas e Contos do Escritor” – Metonímia e aqueles produtos
abr 01, 2021RedaçãoCrônicas e Contos do EscritorComentários desativados em “Crônicas e Contos do Escritor” – Metonímia e aqueles produtosLike
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