Ah, que triste essas notícias sobre a enchente do Rio Grande do Sul.
Mais uma vez, mais uma vez, mais uma vez…, e até quando conviveremos com essas tragédias?
Sofrimentos de todos os tipos, dezenas (talvez centenas) de mortes, dores físicas e mentais, ferimentos que provocarão sequelas ou tristes lembranças para o resto da vida, traumas psicológicos que, muitas vezes, jamais serão eliminados, perdas materiais enormes, muitas famílias perderam tudo o que tinham. E agora?
Triste demais.
Além de pavoroso, assustador, terrível, é impressionante ver as águas invadindo e tomando conta de uma capital como Porto Alegre. Uma capital que, além de linda, é, em muitos aspectos, referência para o Brasil e para o mundo.
Como que uma capital como aquela não consegue conter (ou, pelo menos, amenizar) uma tragédia dessa?
Como que um estado tão maravilhoso como o Rio Grande do Sul não consegue evitar uma tragédia dessa?
O homem pode ir a lua, pode enviar veículos não tripulados e câmaras para os mais distantes planetas, pode construir os mais perfeitos telescópicos, pode visitar o fundo dos oceanos, conversar a distância de milhares de quilômetros, inventar as mais loucas e perfeitas máquinas, inventar computadores, celulares, internet, construir robôs, inventar a IA, e não consegue conter uma enchente.
Como? Porquê?
Sabemos, é claro, que o volume de chuva foi absurdo, fora do normal, diz-se que choveu em poucos dias o que seria para 6, 8 meses, chuva que tomou conta de, praticamente, todo o estado do Rio Grande do Sul, mas ainda assim, não podemos mais conviver com essas tragédias e, pior, aceitar. E, toda vez, meses depois de cada tragédia, tudo ficou para trás (menos a dor, a tristeza e sofrimento de quem perdeu entes queridos e teve prejuízos materiais). Os governantes, os políticos, aqueles que realmente podem resolver os problemas (e devem), simplesmente esquecem de tudo. Depois de ganhar rendimentos políticos com as tragédias, fazendo média na mídia, agindo com hipocrisia descarada, simplesmente se esquecem, sorriem e buscam novos motivos para, com hipocrisia, ganhar confiança do povo.
Todos os anos sofremos com isso, só mudam os locais, as datas, a maneira, mas o fato é que não temos planos de contingência de tempestades, não trabalhamos para evitar, para prevenir, e a culpa é do Governo sim, pela falta de interesse de fazer obras para prevenir.
Mas a culpa não é só dele, infelizmente o povo tem sua parcela de culpa ao jogar lixo em rios, em terrenos baldios, nas ruas…, lixos que vão para bueiros, entopem, e ou seguem para os rios. E quando vem a chuva, a água precisa passar, seguir seu caminho.
Porquê, ainda, não aprendemos a jogar lixo nas lixeiras? É tão difícil assim? Ande pelas ruas de Taubaté, por exemplo, e observe a quantidade de idiotas que insistem em descartar lixo nas ruas. Fácil, né?
O clima mudou muito, sabemos, seja por culpa do homem ou não, houve mudanças, então, que nos preparemos para o pior.
Porquê não conseguimos prevenir, evitar, ou, pelo menos, amenizar essas tragédias?
E ao mesmo tempo em que ficamos maravilhados com o belo trabalho dos voluntários, ficamos abismados, e com nojo, ao ver que tem pessoas (se é que merecem ser chamadas assim) saqueando as casas, se aproveitando da tragédia e do desespero das vítimas. Esses seres desprezíveis, deveriam receber punições exemplares. Que tal 50 anos de prisão em regime fechado sem direito à essa m…de progressão de pena?
Tenho certeza que não aconteceria mais.
Mas, estamos no Brasil, né?