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sábado 23 novembro 2024
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“Crônicas e Contos do Escritor” – E se eu fosse imortal?

Já se imaginou nessa encarnação para sempre? Tentador, né? Mas não deve ser fácil não e todo mundo logo pensa na perda de pessoas queridas, claro. Parte triste da imortalidade.
Mas deve ter algumas coisas boas como, por exemplo, ver “alguns” políticos safados perdendo poder e, talvez, pagando alguns de seus erros por aqui mesmo. Ah, que maravilha!

Mas, se morrer sem pagar por aqui não tem problema, do outro lado, com certeza, vai pagar as dívidas…provavelmente com juros.

E será que, como imortal, verei um Brasil justo? Sem morcegões? Onde bandidos ficam presos? Saúde decente? Educação de ponta? Povo educado? País desenvolvido?

Haja eternidade para isso!

Bom…, deve ser legal ver as mudanças no mundo, imaginem a tecnologia daqui a 200 anos.
Carros voadores? Tele transporte? Transmissão de pensamentos? Viagens interplanetárias? Olha que interessante, talvez eu tivesse a oportunidade de conhecer outros planetas, ver alienígenas, já pensou? Receber ETs ou viajar até o planeta deles? E como seriam os danados? Verdes? Branquelos? Transparentes? Quatro braços? Sei lá…

Seriam inteligentes? Tranquilos? Violentos?

Não tem problema, com a minha imortalidade tá tudo certo.

Seriam Zybellianos? Que curiosidade…

E outra coisa, viver para sempre me daria a oportunidade de ler muitos mais livros. Olhe, toda a eternidade para ler livros. Uau! Imagine o tamanho da estante!

Ah, e toda a eternidade para escrever também, é claro. Escreveria milhares de livros, se iriam fazer sucesso é outra história…ha ha ha ha.
Filmes então? Nossa!
E uma coisa é certa…sendo imortal, com um tempo infinito à frente, eu tomaria muitos e muitos sorvetes de milho e coco. Oh, coisa boa.

Olha, talvez pudesse viajar para conhecer países de todos os continentes e, claro, conhecer meu Brasil também. Que tal Egito? África do Sul, Rússia, Japão?
China não tenho vontade de conhecer não. Decididamente não quero. Prefiro até o Afeganistão, com Taleban e tudo.
Mas, lá vamos nós para a Argélia, Armênia, Dubai (sei, sei, sei…não é País). Iria conhecer a Bulgária, Polônia, Austrália, Cazaquistão, Moldávia, Mongólia e tantos outros.

Sendo imortal, poderei pular de paraquedas (meu Deus!) ou deixar o vento me levar nos braços de uma asa delta (credo!).
Calma…tudo tranquilo, não vou morrer mesmo, sou imortal, então…poderia até nadar com tubarões, encarar leões, ver vulcões em fúria, tornados e tsunamis.

Mas, para essas coisas, mesmo imortal, precisa coragem. Eita!
Ah, e tem mais…com a imortalidade e eternidade a disposição, talvez consiga conhecer um submarino, já pensou? Ou um iate, um porta aviões, uma plataforma de petróleo, sei lá.
Que tal dirigir uma Ferrari, uma Lamborghini?

Terei tempo para tudo, porém, mesmo com todo esse tempo disponível não vou desperdiçar grandes oportunidades com simples voos de helicóptero, seria banal demais.
Mas passeio de balão seria legal.
Ah, a imortalidade…será que eu conseguiria ser mais útil? Será que me melhoraria como pessoa? Com certeza, eu e todo mundo, temos muito a melhorar, estou (estamos) em um simples estágio do longo processo de evolução.
E tenho certeza, vivendo a eternidade verei meu Tricolor campeão de tudo novamente.
Oh, coisa boa…libertadores, mundial…e muitos outros.
Tudo isso a disposição, mas só se eu fosse imortal, né?