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domingo 23 março 2025
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“Crônicas e Contos do Escritor” – E deu Burrão!

Burrão, mais uma vez, aprontou para cima do maior rival, eliminou na raça o São José e foi para as semifinais do Paulista da série A-2.

Estamos muito próximos de retornar para a elite do futebol paulista, de onde nunca devíamos ter saído. É claro, temos ainda um longo caminho, serão dois jogos dificílimos, mas confio no Burrão. Pelo menos, já eliminamos o São José.

E a vitória veio complementada com o delicioso gostinho de ter eliminado o arquirrival. Com todo o respeito a cidade de São José que, aliás, gosto e admiro tanto, mas plagiando o Galvão Bueno:
“Ganhar é bom, mas ganhar do São José é melhor ainda”.

Tenho muitos amigos Joseenses e mando, para cada um deles, um grande e apertado abraço azul e branco.
Ontem foi simplesmente sensacional, com um público empolgadíssimo que superlotou o Joaquinzão, cantou, empurrou e encantou o time. Parabéns para o time, principalmente para o goleiraço do Burrão que pegou um pênalti e foi decisivo em vários outros lances sendo um dos grandes responsáveis pela vitória do Burrão.

E parabéns também para a fantástica torcida do alvi azul que superlotou o estádio e iluminou e coloriu o Joaquinzão. O tradicional grito de “Vamos subir Burroooo” era o que mais se ouvia.

Noite para não se esquecer e que me fez lembrar, se não me falha a memória, a noite de 29 de novembro de 1979, no então Palestra Itália (também conhecido na época como Parque Antárctica), atual Allianz Parque, quando o Taubaté, em uma noite histórica, merecidamente, bateu o tradicional e principal rival, o São José, por 2×1 e conquistou o título da então Divisão intermediária, hoje série A-2. E eu estava lá, com 15 anos, apaixonado pelo Burrão (e pelo Tricolor, é claro). Uma das noites de maior felicidade, Taubaté campeão e ainda em cima do São José. Querer mais o quê? Imagine a felicidade do garoto?

Quarta à noite, devido a compromissos profissionais, infelizmente, não pude ir ao estádio para ver o grande clássico, mas durante o primeiro tempo acompanhei o placar pelo celular, agoniado e ainda na reunião de serviço. E quase gritei dentro da reunião, aos sete minutos, quando o Taubaté abriu o placar em uma estrondosa bobeada do goleiro do São José. Oh vontade de gritar gol bem alto. Daí para frente, só agonia, imagine como fiquei quando falaram do pênalti. No segundo tempo, já em casa, a agonia continuava e torcendo demais para o Taubaté fazer o segundo gol, matar o jogo e diminuir a minha agonia. O segundo gol não veio e a agonia só foi acabar após as duas horas de acréscimo que o juiz deu. Parecia que o jogo não ia acabar nunca.

Oh, seu juiz! Precisava de tudo aquilo de acréscimo? Quase me matou do coração.
Mas, como tudo, o jogo acabou, o São José foi eliminado e o Taubaté segue rumo às semifinais e que venha o Primavera, se não me engano, da cidade de Indaiatuba.

O Taubaté não tem um grande time, mas tem raça e determinação, acho que dá para subir para a elite Paulista. O problema vem depois, temos time? Temos dinheiro e estrutura para se manter no Paulista? Não sei, mas não importa se vai se aguentar na elite e nem importa se vai chegar na elite, o importante é que eliminou o São José.
Afinal, ganhar é bom, mas ganhar e eliminar o São José é melhor ainda.