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terça-feira 26 novembro 2024
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“Crônicas e Contos do Escritor” – E 2020, acabando!

E 2020 vai se aproximando do final, entramos no último mês de um ano estranho, maluco.
Sabemos que em todos os anos temos grandes e surpreendentes acontecimentos, temos acidentes, tragédias, mortes doídas de parentes, conhecidos, amigos e famosos, sim, em todos os anos conhecemos enormes tristezas, mas 2020 foi diferente, foi além, excedeu a tudo o que já enfrentamos, conhecemos e imaginamos, simplesmente nos surpreendeu.
Logo no começo, contaminação em uma marca de cerveja, a Baker, que vitimou pessoas. Difícil imaginar, você abrir uma cerveja para se divertir, relaxar e encontrar uma contaminação terrível levando alguns até a óbito. Inadmissível, inaceitável e, até onde sei, nunca havia acontecido algo parecido. Seria o prenúncio de um ano terrível e surpreendente?
E veio o inacreditável, o inesperado, o inimaginável. Um vírus que nos colocou dentro de casa, parou o comércio, shoppings, as fábricas, esportes e competições. Consultas, exames médicos e até cirurgias adiadas. Parou museus, parques, viagens, passeios, enfim, parou o mundo.
Nada de bares, baladas, restaurantes e etc…Cinemas e shows? Nem pensar e, pela primeira vez na história, uma olimpíada foi adiada, prevista para 2020, foi reagendada para 2021.
Inacreditável! Oh, 2020. Ano esquisito. É possível definir? Não, não é.
Parecia impossível, mas aconteceu. Ficamos presos em nossas casas e nunca houve tanta venda pelo delivery e, muitos de nós, sentiu saudades de coisas do cotidiano como ir à academia, a padaria, ao supermercado, ao trabalho, ao passeio, a caminhada diária, o cinema. Sentimos saudades do aperto de mão, do beijo, do convívio social.
Mas, será que 2020 só nos trouxe coisas negativas?
Essa triste pandemia que ceifou a vida de tanta gente no Brasil e no mundo, que fez sofrer tantas famílias, que tanta dor nos trouxe, pode ter nos ensinado algo. Pode ter nos feito evoluir e olhar ao nosso redor de outra maneira. Pode ter nos ensinado, um pouco mais, sobre o valor da vida. Nos ensinou a olhar, de outra forma, para os idosos, para as crianças, para nossos cônjuges e amigos. Pelo menos, espero que sim.
Essa terrível pandemia nos forçou a um maior contato com nossos filhos, esposas, maridos. Nos fez entender um pouquinho (só um pouquinho) das dificuldades dos professores dentro das salas de aula, profissionais essenciais e mal reconhecidos.
Talvez, alguns, ou muitos de nós, tenha entendido que pode ser melhor, pode fazer mais.
Oh, 2020, mas que coisa.
Amazônia queimando e o mundo se virou contra o Brasil, esquecendo que a Austrália queima, que os Estados Unidos queima, que a França queima, enfim…e o Pantanal pegou fogo também, mas que diabos está acontecendo 2020?
Por outro lado, em outubro, fomos surpreendidos por um anúncio da NASA, afirmando que identificaram água líquida na Lua. Astrônomos analisaram a cratera Clauvius, próximo ao polo sul da Lua e que não é iluminada pelo sol e lá, acreditam, encontraram moléculas de água.
Oh, ano esquisito.
Teve seu lado bom, meu Tricolor lidera o campeonato Brasileiro e segue firme na busca pelo título. Ah, teve monólitos de três metros esparramados pelo mundo. Alienígenas? Nada, parece que era só uma brincadeira de um grupo de artistas, mas que 2020 está anormal, está.
Muita gente pensou em naves alienígenas quando os milhares de satélites do Elon Musk cruzaram os céus em busca do espaço, em busca de uma internet gigante, tecnológica e de custo baixo, conforme os sonhos de seu criador.
Enfim, ano doido. Só espero que tenhamos tirado lições desse ano para que todo o sofrimento não tenha sido em vão.
E que venha 2021 e nos traga de volta tudo o que 2020 nos tirou, mas que fiquem os ensinamentos.