O velho e conhecido “calorão” está de volta. E nem é verão ainda, imagine se fosse.
E junto com o “calorão”, vieram as velhas e conhecidas chuvas fortes, ventos fortes, raios e…, pra variar, as velhas e conhecidas quedas de energia.
Mas, o que é que acontece? Sei lá…
Só sei que basta cachorro fazer xixi no poste para ter queda de energia.
Na madrugada de segunda-feira para terça (de 16/10 para 17/10), acordei com uma chuva extremamente forte, vento, trovões e raios. Levantei, com os olhos meio fechados de tanto sono, tateando e apoiando pelas paredes, só para conferir se estava tudo bem pela casa e voltei a deitar. Ainda tinha muito a dormir. Já estava quase me entregando ao paraíso dos sonhos novamente quando, de repente, percebi que o leve zumbido do ventilador de teto havia parado e só escutava agora a tempestade lá fora. Tentei ligar o abajur, não funcionou e imediatamente entendi, havia acabado a energia elétrica, só pra variar e sussurrei para a escuridão.
— Bom…, pelo menos acabou a energia elétrica durante a madrugada, menos mal.
Virei de lado e já ia dormindo novamente, apesar do som da chuva, do vento, dos trovões e raios, quando lembrei que, logo às oito horas da manhã, tinha reunião no serviço, ou seja, teria que sair de casa no máximo umas 7h30 e meu carro estava no portão eletrônico e já faz um tempão que não acho a chave que muda para o modo manual, sempre penso em procurar e esqueço. Só lembro da danada, quando preciso dela. Arregalei os olhos.
— Ai meu Deus, essa energia tem que voltar antes do horário de ir pro serviço.
Engoli em seco pensando que no dia seguinte daria uma geral na casa até achar a danada da chavinha.
Olhei as horas no celular…, pouco antes das quatro da manhã e suspirei relativamente aliviado.
— Ah, ainda tem bastante tempo para o horário que preciso sair, dá tempo de voltar a energia.
Pelo menos era o que achava e esperava.
Mais uma vez me preparei para dormir, virei de lado, fechei os olhos e apaguei.
Ás 5h20, acordei de novo e não mais havia barulho de chuva, vento ou trovão. E nem as repentinas e intensas claridades dos relâmpagos. Mas, o problema era que o ventilador de teto continuava sem funcionar. Ainda sem energia.
— Mas que droga!
Para ser educado! Quando na verdade o palavrão que soltei naquele momento foi bem diferente.
A preocupação com o portão eletrônico voltou. Usando a lanterna do celular, levantei e fui ao banheiro, preocupado com o portão eletrônico. Reunião importante, não podia faltar.
Voltei para cama, desliguei a lanterna e, olhando para o escuro, fiquei pensando em um plano B para ir à reunião. Logo pensei no aplicativo de transporte. Dei um sorriso aliviado. Já tinha como ir à reunião caso a energia não voltasse e não conseguisse abrir o portão. Sairia pelo portãozinho manual e pegaria o carro do aplicativo. Ótimo. Resolvido.
Beleza. Agora só dormir de novo, pelo menos até às 6h30 quando o alarme do celular vai tocar.
— Mas, que droga, é daqui a pouco.
Fechei os olhos e como tenho muita facilidade para dormir, apaguei de novo.
Pouco depois das seis, acordo de novo. Agora com o zumbido do ventilador de teto.
— Obaaaa! A energia voltou. Finalmente.
Olhei no relógio do celular e constatei que tinha menos de vinte minutos até que o alarme tocasse. Virei de um lado, virei de outro, fechei os olhos, abri, virei de bruços, de barriga para cima e nada. E constatei que, agora, definitivamente, não dormiria mais. Havia perdido uns quinze minutos de sono, fora aqueles durante a madrugada. Valeu Bandeirantes.
Mas, sinceridade, queria saber porque acaba tanto a energia elétrica? Não é possível!
Tudo bem que a chuva da madrugada foi realmente forte, mas ainda assim…, questiono muito essas constantes quedas de energia.
Será que não está na hora de fazer alguns investimentos, não?
Ah, e juro que no final de semana vou procurar a “chavinha” do portão automático.