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sábado 23 novembro 2024
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“Crônicas e Contos do Escritor” – Copinha 23

E começou a copinha. Lá vai a garotada correndo atrás dos sonhos. Bom, né?
Melhor do que muitos adultos que correm dos sonhos. Às vezes por medo de novas derrotas, por se sentir incapaz de superar as decepções, talvez por absoluto desânimo, ou simplesmente por não querer sonhar e lutar. Já pensou uma vida sem sonhos, sem desejos, sem vontades? Sem lutas? Sem vitórias e derrotas? Credo! Que coisa chata, desanimadora.

Ah, mas aquela garotada sonha e muito. Sonha longe. Sonha em ser campeão da copinha. Sonha um dia jogar em uma grande equipe, quem sabe em um gigante da Europa. Já pensou vestir a camisa do Barcelona? Já pensou jogar uma Champions League? Por que não sonhar? Já pensou ser o artilheiro do Bayer de Munique, do Liverpool, do Manchester United, do Paris Saint Germain? Do Real Madrid? Ah, que maravilha ser campeão da Champions, jogar na seleção, ser campeão do mundo ou eleito o melhor do Mundo? Que tal ser um Messi, um Neymar, Cristiano Ronaldo e tantos outros grandes craques que desfilam pelos gramados mundo afora?

Esses jovens sonham sim, com fama, com dinheiro, sonham em ajudar as famílias. Sonham com os grandes salários, com os carrões, com luxo, mordomias e etc…
Ah, sonhos. Importantes, porém, às vezes, decepcionantes. Mas, faz parte, nem tudo pode dar sempre certo. Já pensou como seria a vida se tivéssemos tudo, absolutamente tudo, que quiséssemos? Teria graça?
Já pensou como seria o mundo se todos tivessem o que quisessem? Seria uma bagunça, pensa bem. Já pensou dois homens querendo a mesma mulher? E aí? Os dois tem que ter o que querem. Duas mulheres querendo o mesmo homem? Tem que acontecer. Ih, viraria bagunça.

Todo mundo ganharia na mega da virada. Esquisito, né? Você gasta R$ 4,50 para jogar e… ganha R$ 4,50…ha ha ha ha…muito esquisito. Não haveria mais jogo da sorte (ou de azar). Esquece a mega da virada, a mega comum e a acumulada nem sequer aconteceria mais

E os campeonatos de futebol, ou de qualquer outro esporte? Todo mundo quer ganhar e tudo o que todo mundo quer, acontece. E então? Né?
Bom, deixa a coisa como está. Deixa a garotada jogar bola e sonhar. Muitos deles, com certeza a maioria, não encontrará o sucesso desejado, mas faz parte. Devemos sonhar, ter esperanças, desejos, é o que nos move, o que nos faz viver, crescer, aprender, evoluir, enfim…

A copinha está só começando e vai destruir muitos sonhos ainda, mas vai construir, solidificar e empolgar outros tantos. A cada fase ultrapassada, o sorriso da vitória, da esperança. E, para cada eliminação, a triste realidade. É claro que quanto mais um time avança nas fases, mais fácil fica para os seus jogadores chamarem a atenção, porém, se um jogador apresentar o seu bom futebol, vai aparecer, talvez mesmo com sua equipe eliminada precocemente. Talvez, possa chamar a atenção e, quem sabe, receber uma grande oportunidade.

Mas, infelizmente, até mesmo alguns dos bons jogadores podem se perder pelo caminho. Podem se deixar levar pelas armadilhas da vida e acabam caindo na desgraça de drogas, bebidas, e muitos erros comuns naqueles que não estão preparados para o sucesso ou para as decepções da vida. Nossa vida é assim mesmo, feita de lutas, vitórias e derrotas.

Triste quando a derrota vem de forma desonesta. E mais triste ainda quando o juiz dá aval à desonestidade. Aquele gol impedido. Aquele pênalti que não existiu. Aquela expulsão desnecessária. Aquele código fonte escondido.
Chama o VAR. Sigla tão conhecida no mundo do futebol que, às vezes, esclarece as coisas. Então…, chama o VAR para o código fonte. Ah, não pode? Desculpa. Na minha inocência, ou ignorância, achei que a justiça era imparcial e justa.

E assim vai a copinha no ano de 2023, nesse ano cheio de nuvens negras à frente.
E que Deus nos ajude!